MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 25 de junho de 2013

Com a greve da educação em RO, alunos procuram meios de estudar


Paralisação atinge redes estadual e municipal de ensino há mais de um mês.
Sem aulas, estudantes tentam amenizar impacto estudando em casa.

Do G1 RO com informações da TV RO

A greve dos servidores da educação da rede municipal e estadual já completou pouco mais de um mês sem nenhum acordo com o poder público. Segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Rondônia (Sintero), dos quase seis mil educadores municipais, em Porto Velho, 40% paralisaram as atividades. Já a rede estadual, que conta com mais de 25 mil trabalhadores, cerca de 50% estão em greve. Os municípios considerados pelo Sintero mais críticos são Vilhena, Machadinho D'Oeste e Ouro Preto do Oeste, onde mais de 90% dos servidores aderiram à paralisação.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) não souberam informar quantos estudantes estão sendo afetados pela greve. Com isso, jovens procuram uma alternativa para driblar o problema das paralisações para não comprometer os estudos.
Com mais de 40 dias sem aulas as escolas municipais da capital estão em situação mais crítica. Mateus Lopes estuda na Escola Municipal Flôr do Piquiá, localizada no Bairro Cuniã, e sente o reflexo das paralisações até mesmo ficando em casa. “Às vezes eu pego alguma coisa pra estudar, escrever”, conta o menino.
A situação incomoda também a avó de Mateus, Marli Schimidt, que diz já ter percebido as dificuldades no aprendizado do neto. “A leitura dele está ficando muito ruim, por mais que a gente fica observando, eu peço para ele ler e ele até lê, mas estou percebendo que ele está trocando as letras. Porque como ele já está muito tempo fora da escola como ele vai continuar sabendo daquilo?", questiona Marli. Para o avô do aluno, Eudo Schimidt, as reivindicações são democráticas, mas devem ser resolvidas o mais rápido possível. “É uma situação bastante complicada, porque não tem nenhuma solução. Mais de 40 dias de greve  e nenhuma previsão”, reclama o avô.
De acordo com a direção da Escola Estadual Flora Calheiros, em Porto Velho, as aulas estão acontecendo parcialmente, entretanto muitos alunos estão fora da sala de aula. Para a aluna do 8º ano, Mônica Helen, o semestre letivo já está comprometido. “Não estamos tendo todas as aulas. São somente dois tempos todos os dias e poucos professores e nós vamos ser muito prejudicados”, diz a adolescente. Segundo outra estudante, os professores estão incentivando os alunos a não ir para a escola.
Reivindicações da categoria
Segundo o Sintero, a última contra proposta apresentada pelo governo estadual à categoria foi 5,87% de reajuste com o pagamento dos servidores a ser realizado a partir de abril de 2014. A categoria solicita 7,97%, que seria somente para cobrir as perdas salariais, pagos a partir deste mês.
Cerca de 20 dias atrás, a Prefeitura de Porto Velho ofereceu aos servidores municipais 6% de reajuste, mas os trabalhadores pedem 7%, além do vale transporte gratuito. O poder público municipal informou que quer descontar 6% na folha de pagamento para quem recebe de R$ 800 a R$ 1,3 mil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário