Manifestação que começou pacífica deixou mais de 60 feridos.
Cinco pessoas foram presas pelo Bope por saques a loja no Centro.
Até o início da madrugada de sexta-feira (21), 62 pessoas haviam sido atendidas no Hospital municipal Souza Aguiar, feridas durante o tumulto entre um pequeno grupo de manifestantes e a Polícia Militar. No mesmo horário, cinco pessoas tinham sido presas pelo Bope por saque a uma loja de calçados. Outras 10 pessoas foram detidas. Segundo a polícia, a maioria era menor de idade e foi liberada após a chegada dos responsáveis.
Tumulto e confusão
Por volta das 19h, o entorno da Prefeitura do Rio se transformou em uma praça de guerra. Durante o caos, os policiais jogaram bombas de gás lacrimogêneo na tentativa de dispersar a multidão. Manifestantes jogaram pedras nos PMs, que revidaram com tiros de balas de borracha. Prédios, bancos e lojas foram destruídas por vândalos. Vinte radares da Prefeitura do Rio foram derrubados na Avenida Presidente Vargas, assim como pontos de ônibus foram depredados.
Por volta das 22h30, um grupo de cerca de 100 manifestantes chegou ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras. A PM cercou a sede do governo estadual, para evitar a depredação do prédio histórico. Um pequeno grupo de manifestantes tentou bloquear o tráfego de ônibus na Rua Pinheiro Machado, mas a situação foi controlada por volta de meia-noite.
No mesmo horário, uma outra confusão aconteceu na Lapa e nos arredores da Faculdade Nacional de Direito, no Campo de Santana, e do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ, no Largo de São Francisco, todos no Centro. Alunos se refugiaram nas duas instituições com medo do tumulto. A Polícia Militar negou que tenha cercado as instituições de ensino. De acordo com a corporação, a PM se dirigiu ao local para garantir a segurança patrimonial dos prédios da universidade.
De acordo com o reitor da UFRJ, Carlos Levi, cerca de 700 estudantes se abrigaram nas duas unidades. Em nota, Levi demonstrou preocupação com os estudantes.
"A UFRJ vai continuar acompanhando a participação de seus estudantes nas manifestações legítimas, preocupada sempre com sua segurança, que deve ser garantida em nosso país, em sua democracia duramente conquistada", disse o reitor.
Rio de Janeiro - Polícia de choque entra em confronto com manifestantes durante protesto (Foto: Sergio Moraes/Reuters)
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