MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Agentes de saúde ameaçam parar por falta de equipamentos em Maceió


Agentes de combates à endemias denunciam falta de estrutura no trabalho.
Prefeitura tem até quinta-feira (27) para se posicionar sobre o problema.

Natália Souza Do G1 AL

Agentes chegam a ficar em praças apenas para cumprir horário. (Foto: Arquivo pessoal/Arnald Luiz)Agentes chegam a ficar em praças apenas para
cumprir horário. (Foto: Arquivo pessoal/Arnald Luiz)
A falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), a exemplo de coletes e luvas para o manuseio de produtos tóxicos, é um dos principais motivos que levaram mais de 100 agentes de saúde de comabte às endemias a cruzarem os braços em Maceió. Além disso, a categoria reclama de falta de estrutura nos pontos de apoio nos bairros em que realizam as visitas às casas da população.
"Não temos batas de identificação sucifiente, as últimas nos foram dadas em 2011. Nós precisamos aplicar um produto nas residências em que tenham acúmulos de água para combater o foco do mosquito da dengue. A Anvisa já o considerou altamente tóxico, mas só usamos uma luva usada em padaria, que não é adequada para esse serviço", diz o presidente do Sindicato Municipal dos Agentes de Combate às Endemias de Maceió (Simacem), Arnaldo Luiz.
Os cerca de 800 agentes de saúde são distribuídos em 11 distritos da capital alagoana. De acordo com Arnaldo, falta estrutura nos pontos de apoio. "Nós ficamos em escolas ou órgãos da prefeitura nos bairros, já que não nos querem nos postos de saúde por causa do produto forte que usamos. Nesses locais muitas vezes não têm banheiro e nem instalação adequada para a categoria", destaca.
"Por causa da falta de equipamentos, o pessoal acaba indo para os pontos de apoio, mas ficam de braços cruzados, só para cumprir horário. Os outros agentes acabam sendo sobrecarregados e quem se prejudica é a população, que fica sem o serviço", afirma.
Agentes no antigo ponto de apoio, no Caic, em Maceió. (Foto: Arquivo pessoal/Arnaldo Luiz)Agentes no antigo ponto de apoio, no Caic, em
Maceió. (Foto: Arquivo pessoal/Arnaldo Luiz)
Indicativo de greve
Segundo o sindicalista, um últimato foi dado durante uma reunião com o secretário de Saúde de Maceió, na semana passada.

"Na última semana falamos ao secretário que se o município não se posicionar até a quinta-feira (27) nós convocaremos uma assembleia-geral para discutir sobre indicativo de greve. Entramos com um processo administrativo no mês passado e estivemos presentes em uma audiência pública na Câmara de Vereadores para registrar nossos problemas", frisa.
Ainda de acordo com o sindicalista, a categoria cobra a inclusão dos profissionais no Plano de Cargos e Carreira da Saúde e o pagamento de benefícios que, segundo ele, foi cortado com a mudança do regime estatutário.
No último dia 8 de junho, quando a Secretaria do Estado da Saúde (Sesau) fechou o relatório da 23ª semana epidemiológica, haviam 2.346 casos confirmados de dengue no Estado, sendo 1602 notificados somente na capital alagoana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário