MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 15 de maio de 2013

UM GRITO POR CHIBUTO!



Vivemos o pleno apocalipse, mas negamos ou dizemos que está tudo bem!
A nossa fragilidade foi exposta e tudo, até mesmo o poder está esfacelando.
A nossa fragilidade foi exposta e tudo, até mesmo o poder está esfacelando.
No panorama mundial é possível notar que o homem de forma voraz está em diferentes espaços, mas no mesmo tempo lutando por poder e não pela sobrevivência.
Tsunamis, guerras, meteoritos, tempestades solares, aquecimento global, o desequilíbrio do planeta é visível, é preciso rever os nossos ideais.
Estamos vivendo os reflexos das nossas ações, um efeito dominó que arrasta a humanidade para o declínio.
Se destruirmos o planeta, o poder será inviável para conceber a vida. Vivemos em um planeta frágil, na periferia da vasta galáxia; mas nos delegamos superiores, os “reis” do espaço.
A ficção científica hollywoodiana naturalmente ganha vida através dos efeitos gerados pelo próprio planeta e por outros lançados contra o mesmo.
Tristemente o meu povo Moçambicano vive momentos difíceis provocado pelas chuvas, causando inundações, perdas de vidas humanas, destruição de residências, escolas, hospitais, estradas, pontes, estabelecimentos comerciais; a história deste povo é marcada pelo sofrimento, pela morte de mais um irmão querido.
O Choro, o pavor e terror assolam as cidades de Chibuto, Xai-Xai e Chokwé.
Em meio às complexidades das coisas eternas, a vida de homem, mulheres, crianças é ceifada.
As lágrimas vestem-se em cada esquina. De dor pelo momento, de espanto, de trauma, quanto sofrimento.
Quanta dor, quanto pranto, quanto desespero. Todos nós estamos mobilizados e compartilhamos da mesma dor.
Quanta água, a enxurrada vem a todo vapor, rompendo com o mundo a sua frente.
Posso sentir a dor que dilacera o ser e a alma.
Pensei que não sobreviveria.
Passei pelo vale da dor.
Como dói, nunca imaginei algo assim...
Aquele texto devastou a minha vida.
As palavras ali redigidas me fez chorar, me fez pensar em desistir!
Quanto medo, um sentimento de culpa devora o meu ser.
Algo nunca antes sentido, me faz sofrer.
Oh, meu Deus!
Tem misericórdia dos meus irmãos de Chibuto.
A minha alma foi devastada pela triste notícia, mas irei sobreviver.
Preciso resistir, preciso lutar por cada um deles.
Quantos sãos os sobrevivente desta catástrofe.
A minha missão é levar uma mensagem de amor e de paz.
Esta batalha é minha, o mundo precisa de mim, de você, de todos para que juntos possamos difundir a esperança de dias melhores.
Diante desta multidão que atenta absorve as minhas simples palavras declaro a minha compaixão.
Superaremos o trauma causado pelas enxurradas, seguiremos em frente, partilhando um espírito encorajador, que luta pela sobrevivência, trabalhando a auto-estima e procurando recompor o sobre de vida que existe em cada um de nós.
O sorriso como sol, nascerá novamente na nossa face, seremos o jeito como éramos.
Na lembrança a saudades de todos que partiram, e por eles a luta pela esperança de dias melhores.
Pela vida o meu grito de esperança!

Este  poema será declamado no dia 04 de Maio de 2013 em Chibuto, numa solidariedade com as vitimas das cheias de Moçambique. Movimento PHFUKA DJAHA – MOÇAMBIQUE - Iniciativa de jovens moçambicanos sem fins lucrativos que visa em apoiar a todos os jovens nas diferentes barreiras que se tem encontrado, sob seus pontos de vista e atividades do seu quotidiano referentes a todas as componentes de Rap Moçambicano...


Dhiogo José Caetano Professor, escritor e jornalista 
Comendador da Academia de Letras de Goiás.  Senador da FEBACLA Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes 
Membro das Academias:  ALB (Brasil/Suíça), ACLAC (RJ),  ACLA (MG), CACL (ES), ARTPOP(RJ) e OsConfradesdaPoesia (Portugal)

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