MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Pernambuco abriga uma das áreas mais preservadas com o Pau-Brasil


Dia 3 de maio é comemorado o Dia do Pau-Brasil.
Pernambuco preserva uma grande área com mais de 50 mil plantas.

Do Globo Rural

São Lourenço da Mata é a capital nacional do Pau-Brasil. Pertinho do Recife, a apenas 18 quilômetros de distância, o município carrega no nome a herança dos tempos do descobrimento, quando a Mata Atlântica era exuberante na região.
São Lourenço da Mata foi um dos principais centros de comercialização de uma grande riqueza de nossas florestas: o Pau-Brasil. “Aqui havia a maior incidência de Pau-Brasil e de uma qualidade tão superior, que regulava o preço no comércio europeu", explica Ana Cristina Roldão, presidente da Fundação Nacional do Pau-Brasil.
Algumas árvores foram encontradas em um pedaço remanescente da Mata Atlântica, onde hoje está instalada a Estação Ecológica de Tapacurá, da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Era o ínicio do desafio de salvar um símbolo do país, que estava a um passo da extinção.
Um bosque com 50 mil mudas da espécie foi plantado e os índios o chamavam de ibirapitanga, que em tupi guarani quer dizer, madeira vermelha.
O Pau-Brasil pode atingir 30 metros de altura e é por causa desta árvore que somos chamados de brasileiros. O cerne, a parte que fica dentro do tronco, é de um vermelho intenso, cor de brasa, daí o nome: Brasil.
Folhas miúdas, tronco cheio de espinhos, flores amarelas que nascem em cachos. A espécie pertence à família das leguminosas, é parente do feijão e possui vagens onde ficam as sementes. "Todo brasileiro tem que, pelo menos, conhecer, se não plantar um Pau-Brasil, pelo menos, conhecer e reverenciar porque se hoje nós temos um país com esse tamanho continental foi também por causa da busca pelo Pau-Brasil", diz Ana Roldão.
Parte da fama do Pau-Brasil, o mundo da música já conhece. Uma das qualidades mais nobres da madeira é dar voz aos instrumentos musicais, função descoberta na Europa, no século XVIII, que revolucionou o timbre e o volume dos instrumentos de corda a partir da fabricação dos arcos com a madeira brasileira.
"Quando eu vejo algum músico tocando com instrumento que eu fabriquei, isso é muito gratificante. Prazer máximo", diz o luthier João Batista de Lima.

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