MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 6 de maio de 2013

PC do B do RS nega envolvimento do partido em esquema das licenças


Presidente do partido, Raul Carrion diz que não há provas contra filiados.
Ele também negou que a legenda tenha recebido recursos do esquema.

Josmar Leite Da RBS TV

Coletiva PCdoB Raul Carrion Operação Concutare RS (Foto: Josmar Leite/RBS TV)Raul Carrion (C) diz que não há provas de envolvimento de pessoas do partido (Foto: Josmar Leite/RBS TV)

A presidência do PC do B no Rio Grande do Sul nega ter recebido recursos do suposto esquema de corrupção em licenças ambientais. Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (6), o presidente estadual do partido, Raul Carrion, defendeu as investigações da Polícia Federal (PF), mas disse que não há provas do envolvimento de pessoas do partido ao esquema.
Filiados ao partido, o secretário estadual do Meio Ambiente exonerado, Carlos Fernando Niedersberg, e a ex-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), que pediu afastamento do cargo, estão entre os investigados na Operação Concutare. Raul Carrion se disse surpreendido com a prisão de Niedersberg.
“Estamos convencidos, nada nos indica o contrário. De que eles não estão envolvidos, estamos convencidos disso. E nós mantemos a confiança no Fernando”, afirmou Raul Carrion.
O presidente estadual do PCdoB também negou que a legenda tenha recebido recursos da suposta liberação irregular de licenças ambientais para financiar campanhas políticas.
“Todos os recursos da campanha eleitoral estão declarados, estão aprovados e não há nenhum recurso dessas pessoas ou empresas nessa operação citados”, destacou Carrion.
Mas um empresário do ramo de mineração, em depoimento ao Teledomingo, disse que, em 2011, foi procurado por um assessor ligado ao PCdoB. Segundo ele, o intermediário pediu uma quantia em dinheiro para agilizar o processo de concessão de uma licença.
“Me colocaram um valor, que esse valor poderia ser parcelado em seis vezes. O primeiro pagamento seria 15 dias após a minha licença emitida. E esse valor eu achei um absurdo: foi um R$ 1,2 milhão. Quem estaria presidindo, orquestrando tudo isso, seria o presidente da Fepam, Fernando Niedersberg”, disse o empresário, referindo-se ao cargo ocupado por Niedersberg à época.
O presidente do partido informou que Niedersberg deve se manifestar ainda esta semana sobre o caso. Raul Carrion aguarda uma reunião com o governador Tarso Genro para definir o futuro da sigla no governo.
Nesta segunda-feira (6), começam a chegar ao estado peritos da PF de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. Eles vão auxiliar os agentes do Rio Grande do Sul a identificar possíveis fraudes em licenças ambientais já concedidas.
“São vários fatores que são analisados para determinar a extensão do dano, a extensão do impacto negativo. Isso desde o ambiente que ocorreu esse impacto, a extensão da área, a fragilidade do ecossistema. Tudo isso são vários fatores que são analisados”, afirmou o perito criminal federal, Leonardo da Cunha.
Ao longo desta semana, a PF vai ouvir de cinco a seis depoimentos por dia de testemunhas e investigados na Operação Concutare. O inquérito da PF e a manifestação do Ministério Público Federal (MPF) sobre o caso devem ser concluídos em cerca de 40 dias.

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