MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Para Dilma, déficit recorde na balança comercial é apenas ‘oscilação’


Presidente afirma também que País tem 'juros civilizados, câmbio equilibrado e inflação sob controle' e promete medidas para as pequenas empresas


Gustavo Porto e Francisco Carlos de Assis, da Agência Estado
A presidente Dilma Rousseff minimizou o déficit histórico na balança comercial brasileira - de US$ 994 milhões em abril e de US$ 6,15 bilhões no primeiro quadrimestre de 2013, durante discurso na posse da nova diretoria da Facesp, em São Paulo (SP). "Qualquer oscilação na balança comercial é apenas uma oscilação", disse. 

A balança comercial iniciou maio com superávit de US$ 409 milhões, resultado de exportações no valor de US$ 2,310 bilhões e importações de US$ 1,901 bilhão. O resultado parcial, calculado na primeira semana do mês, porém, leva em conta apenas dois dias úteis.
Dilma declarou também que o Brasil tem "juros civilizados, câmbio equilibrado e inflação sob controle" para dar um cenário de estabilidade econômica favorável ao investimento privado. "Não falta hoje e nem faltará amanhã vontade política para fortalecer pequenos negócios", disse. Ainda segundo a presidente, o País tem de se comprometer com a competitividade sem abrir mão de estabilidade econômica conquistada nas últimas décadas.
Para ela, "alguns teimam em subestimar o Brasil". "O País que tem uma das mais baixas taxas de desemprego da história recente e nos últimos anos viu ampliar o poder aquisitivo do povo com 19,3 milhões de empregos", disse.
Segundo Dilma, o Brasil está entre os cinco países do mundo em vários mercados em consumo "e ocupa liderança em demanda por equipamentos de tecnologia da informação". Para a presidente, essa aceleração rápida só acontece com o avanço da mobilidade social. "Isso explica a ampliação da demanda por serviços e o País precisa de estrutura de suas micro e pequenas empresas", disse.
A presidente lembrou ainda que a "bancarização" atingiu ampla maioria da população e que o serviços é o setor que mais cresce sua participação no Produto Interno Bruto (PIB). "Na China também teve explosão nisso", comparou.
Juro menor para pequena empresa
Dilma anunciou, sem detalhar, que vai reduzir os juros de 8% para 5% aos micro e pequenos empreendedores. Ela avaliou que a criação da Secretaria de Micro e Pequenas Empresas é essencial para o País.
"Um ministro olhando para essas micro e pequenas empresas é elemento fundamental, pois não há no Brasil dentro do governo tradição desse sentido. Essa secretaria (SMPE) terá papel estratégico para o Brasil."
Ainda sobre o assunto, Dilma citou a criação do Simples que foi, segundo ela, responsável pela explosão das micro e pequenas empresas do País. "As MPEs foram responsáveis por 11 milhões de postos de trabalho no Brasil".
'Não vamos diminuir o emprego'

Ela voltou a admitir que o governo toma medidas pontuais para a economia, mas que está em busca de ações estruturantes para o setor e para a infraestrutura. Dilma citou que a crise mundial levou o governo de vários países do mundo adotar "uma política de austeridade com redução de salários", mas afastou essa possibilidade no Brasil.
"Não vamos diminuir o emprego. Temos obrigação de reduzir os custos de trabalho com redução de impostos e qualificação profissional. E trazendo do exterior engenheiros e técnicos para trabalhar no Brasil, pois todos os países do mundo fizeram isso e não tem porque não fazer aqui", disse.
Para uma plateia formada por representantes das associações comerciais, a presidente voltou a cobrar o papel de bancos estatais e de fomento no apoio às micro e pequenas empresas. Citou o BNDES e o Banco do Brasil e pediu que eles foquem "no investimento das MPEs".

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