Cidade realizou 1ª corrida neste domingo no Kartódromo do Pinheirinho.
Competição premiou os cinco primeiros colocados com troféus e almoço.
Corrida realizada pela primeira vez em Araraquara reuniu 17 pilotos da região (Foto: Fabio Rodrigues/G1)
Admiradores de lambretas e vespas se reuniram em Araraquara
(SP) neste domingo (5) para uma corrida que foi realizada pela primeira
vez na cidade. O evento gratuito contou com a participação de 17
pilotos de várias regiões do país, como Curitiba (PR), Poços de Caldas
(MG), Campinas, Atibaia, Jaú, entre outras. A competição, disputada no
Kartódromo do Pinheirinho, premiou os cinco primeiros colocados com
troféus e um almoço.
Empresário de Poços de Caldas (MG) viajou a
Araraquara para competir (Foto: Fabio Rodrigues/G1)
O empresário Erlei Carvalho Junior, de 40 anos, saiu de Poços de Caldas
(MG) e viajou cerca de 240 km até Araraquara para competir pela
terceira vez com sua Vespa modelo PX 200, ano 1986. “Eu tenho duas, mas a
outra é para passeio e está toda original. Esta que trouxe investi R$
10 mil para prepará-la para corridas”, contou ele.Araraquara para competir (Foto: Fabio Rodrigues/G1)
Para participar da corrida, os veículos sofreram algumas modificações. Parte da lataria e todos os acessórios são cortados para diminuir o peso. Outra mudança é no tanque de combustível, que é ampliado para garantir uma maior velocidade. Somente o quadro da motocicleta e o motor são mantidos. “Elas não têm partida, só pegam no tranco. Tem que tirar todo o peso para ela andar mais rápido", explicou o organizador do evento, Roberto Privato.
O restaurador de lambretas Rodrigo de Agostinho, de 32 anos, mora em Jundiaí (SP) e levou a sua lambreta modelo Xispa, de 1964, para correr mais uma vez. Ele contou que investiu apenas R$ 2 mil para adaptar o motor eu que já ofereceram a ele cerca de R$ 20 mil pelo veículo. “Todo mundo pergunta se quero vender, mas é a minha paixão. Além dessa, tenho outras três”, relatou.
Advogado investiu R$ 15 mil para restaurar lambreta que estava toda enferrujada (Foto: Fabio Rodrigues/G1)
Paixão vem de família
O advogado de Araraquara Luis Fernando Menin, de 36 anos, levou ao evento sua lambreta modelo LI 150, ano 1964, que ele adquiriu há quatro anos. “Peguei ela toda enferrujada, meu pai e eu a desmontamos, mandamos pintar, garimpamos peças e remontamos”, contou. Todo o trabalho durou um ano e o investimento foi R$ 10 mil.
“Já me ofereceram R$ 15 mil, mas ela não tem preço porque é uma coisa que a gente faz por gosto, não para ter lucro, é puro prazer mesmo”, afirmou. Segundo ele, a paixão por lambretas ultrapassa gerações na família. “Eu vejo fotografia dos meus avós, o meu pai teve uma e agora eu. O veículo é ideal para quem gosta de passeio e não de velocidade. Costumo dar uma voltinha aos domingos, devagar, para curtir a paisagem”.
O motorista Márcilo Fidelix, de 31 anos, saiu da Mooca, na zona leste de São Paulo e, após quatro horas de viagem, estacionou a sua Vespa modelo Super, de 1980, para expor ao público. Fidelix é presidente da Scooteria Paulista, grupo que reúnes as motonetas clássicas no Estado de São Paulo para pegar estrada e viajar para outros estados do Brasil e países da América do Sul. Ele contou que visitou a Argentina, o Uruguai, o sudeste e sul do Brasil com a sua outra Vespa Originale, ano 1998. “Ela é bem rodada e como uma tatuagem faz parte de mim”, disse.
Vespas e lambretas variadas atraíram admiradores de várias cidades da região (Foto: Fabio Rodrigues/G1)
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