O opositor Henrique Capriles lembrou que o voto é secreto e disse que, com a declaração, o presidente reconhece que o pleito foi fraudulento
Nicolás Maduro dá continuidade aos ataques de Hugo Chávez aos Estados Unidos
(AFP)
Nesta sexta-feira, as declarações de Maduro foram criticadas por Capriles, que relembrou que a Constituição do país assegura a confidencialidade do voto. Para o opositor, o presidente acabou reconhecendo com sua fala que as eleições foram fraudulentas. “Todos sabemos que o voto é secreto e, além disso, quase um milhão de seguidores do presidente Chávez votaram no ‘flaco’ [como Capriles é conhecido). Se esse cavalheiro diz que ele sabe quem não votou nele, então está dizendo que a eleição é fraudulenta, porque a lei diz que o voto é secreto", disse Capriles, durante uma assembleia.
O opositor acrescentou que as declarações de Maduro têm como objetivo amedrontar a população, mas assegurou que ninguém deve se preocupar. "Nosso povo pode ficar tranquilo, porque fazem isso para ver quem, entre aqueles que trabalham em instituições do Estado ou estão em um programa social do governo, cai na armadilha para depois se lançarem contra eles. Ninguém sabe em quem você votou", assegurou.
A posição de Capriles foi defendida por Vicente Díaz, membro o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Segundo ele, a declaração é uma ameaça e evidencia o medo como tática de campanha. Díaz disse que a afirmação do chefe de Estado é um ato criminal e uma coação pública.
Irregularidades – Desde o fim da apuração dos votos das eleições presidenciais, a oposição tem denunciado irregularidades no pleito. Além do pedido de auditoria dos votos ao CNE, a campanha de Henrique Capriles apresentou ao Superior Tribunal de Justiça um pedido de impugnação de todo o processo eleitoral.
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