MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Índios ocupam a BR-222 e exigem saída de coordenadora do DSEI

Cerca de 100 índios bloqueiam a rodovia desde às 7h, diz PRF.
Eles pedem a exoneração da coordenadora Daniele Cavalcante.

Do G1 PA

Cerca de cem índios de oito etnias voltaram a ocupar a BR-222 nesta segunda-feira (20), em Marabá, sudeste do Pará, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O trânsito no local está congestionado e nenhum veículo consegue passar pela via desde às 7h. Na última sexta (17), os indígenas também realizaram o protesto, bloqueando a rodovia federal, que esteve liberada no final de semana.
A manifestação exige a saída da coordenadora do Distrito Sanitário Indígena (DSEI) Guamá-Tocantins, Daniele Cavalcante, que cuida de 36 aldeias do Pará, incluindo Marabá. Os índios alegam que há má aplicação dos recursos destinados ao setor, autoritarismo e assédio moral contra funcionários.
"Não vamos sair daqui de jeito nenhum. Ficamos sabendo que já há uma negociação para saída da Daniele, e só iremos desbloquear a via quando recebermos um documento oficial atestando a saída dela do cargo", afirma o cacique Piná.
Segundo a Funai de Marabá, há uma semana uma comissão formada por líderes indígenas foi até Brasília para negociar com Secretaria de Saúde Indígena, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, a saída de Daniele Cavalcante da coordenadoria do DSEI. "Tem um período considerável que a negociação da saída da Daniele está ocorrendo, mas parece que não há avanços. As discussões estão ocorrendo e a Funai está afastada desse processo. Mas também aguardamos a solução imediata dessa questão. A coordenadora não tem correspondido às demandas indígenas, e por isso eles [os índios] acabam radicalizando, mas não concordamos com isso", declara Eric de Belém Oliveira, coordenador substituito da Funai de Marabá.
De acordo com a Sesai, a secretaria não irá dialogar com os índios enquanto a ocupação for mantida. A secretaria informa ainda que considera Daniele Cavalcante uma das gestoras mais capacitadas da instituição, e que em nenhum momento o cargo dela foi colocado em negociação. Ainda de acordo com a Sesai, a manifestação contra Daniele é pontual.

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