Irmãos de Canelinha, SC, eram em 15 e restaram apenas os mais velhos.
Lindaura completou um século dia 8; caçula fez 69 anos de casamento.
Dona Maria, a mais nova, tem 94 anos, Seu Manuel 95, Seu Luiz 97 e Lindaura completou 100 anos. Juntos, eles têm quase 400 anos de história. "Meu pai foi um homem valente. Tinha cinco filhos da primeira mulher, cada ano tinha um, porque naquele tempo não tinha televisão. Depois, casou com uma mulher que já tinha 10 filhos. Com os cinco dele, foram 15 filhos", ri Seu Luiz, o filho do meio.
Irmãos têm 100, 97, 94 e 94 anos de idade
(Foto: Reprodução RBS TV)
Os filhos mais velhos do primeiro casamento do pai estavam na festa
para contar a história. Já os mais novos: "Morreram todos!", conta
Lindaura, que ri quando perguntam qual é o segredo para viver tanto.
"Não sei. Deus é quem sabe", diz, com uma gargalhada. Filhos e netos
garantem que não há segredo nenhum. Os 'super vovôs', como são chamados,
não tomam remédios, nem fazem nenhuma dieta especial.(Foto: Reprodução RBS TV)
Caçula, de 94 anos, completou 69 anos de
casamento (Foto: Reprodução RBS TV)
E a caçula, está quase completando bodas de vime no casamento. Até se
perde na conta dos anos que está casada. "68 anos de casados", afirma,
mas o marido corrige rapidamente: "69", ri. Os dois moram sozinhos e não
gostam que ninguém se intrometa no relacionamento. "Eles vivem sós e a
gente só acompanha, mas eles gostam da liberdade deles e não gostam de
serem incomodados", afirma o filho, Éder Dias. "É entre tapas e beijos,
mas mais beijos", completa a esposa.casamento (Foto: Reprodução RBS TV)
Mesmo sem pensar muito no passado, eles têm saudade. "Eu gostava de trabalhar. Sempre trabalhei na roça, cortando cana, gostava muito", conta ela. Os 100 anos foram comemorados com uma festa que reuniu toda a família. E Dona Lindaura, apesar da idade, conta com precisão e rapidez o número de descententes: "Bisneto 18, neto 16 e tataraneto 4", disse ela, rodeada pelos cinco filhos.
São histórias cheias de aventuras, sacrifícios e recomeços, mas nenhum medo do fim. "Ele lá [aponta para alto] é que manda. Se mandar o 'caixão' da morte, que eu vou fazer? Tem que morrer mesmo", fala Seu Manoel, rindo de seus 95 anos.
"O que eu quero esperar é que Deus me dê saúde e eu seja um homem feliz para viver. Quero viver mais ainda", complementa Luiz, ainda cheio de disposição.
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