MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Falta de médicos afeta atendimento em hospital na Zona Norte de SP


Hospital do Mandaqui é a principal unidade de saúde pública da região.
Pacientes reclamam também de demora em agendamento de consultas.

Do G1 São Paulo

A falta de médicos e de infraestrutura prejudicam o atendimento de pacientes no Hospital do Mandaqui, a principal unidade pública de saúde na Zona Norte de São Paulo. Sem condições adequadas de funcionamento, a prioridade são as emergências e quem precisa de tratamento clínico reclama.
Pacientes que vão ao pronto-socorro por conta própria precisam provar que o caso é urgente para passar da primeira porta, como reclamam alguns moradores da região. A reportagem é parte do quadro “Tudo Anormal” do Bom Dia São Paulo. Você também pode colaborar e mostrar situações consideradas absurdas na capital e em todo o estado.

As unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMAs) foram criadas para desafogar os pronto-socorros, mas quem procura a AMA do Jardim Ladeira Rosa, também na Zona Norte, enfrenta uma longa fila. E quem não se enquadra em casos de emergência e está à procura de tratamento não pode ser atendido em um hospital público de referência sem uma guia de encaminhamento, que só é dada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Em uma UBS de São Mateus, na Zona Leste, quem tenta marcar consulta para algumas especialidades só consegue vaga para o fim do ano. A unidade sofre também com falta de funcionários para abrir a farmácia, e quando funciona, faltam remédios.
A familia de Raquel Fernandes da Silva desistiu de procurar médicos nas UBSs do Jaçanã e do Jardim Brasil, na Zona Norte. Ela sofre de um problema no útero, mas o dia de passar pelo ginecologista nunca chegou. O único jeito de Raquel conseguir atendimento foi pagando um médico particular.
A diretora do Hospital do Mandaqui, Rita de Cássia Magalhães Rodrigues, confirmou que há falta de médicos na unidade, e disse contar com 30 vagas abertas para suprir a necessidade de novos profissionais. Já sobre os prejuízos no atendimento, em casos de pacientes sem gravidade, eles são orientados "a aguardar nas cadeiras azuis e o atendimento pode superar de três a quatro horas de espera", afirmou.
Em entrevista ao Bom Dia São Paulo, o secretário Municipal de Saúde, José de Filippi Júnior, citou a confirmação da presença de pacientes nas consultas como medida para melhorar o uso dos recursos da Prefeitura na saúde. "Nós assumimos recentemente e o que nós encontramos em janeiro foi uma situação mais agravada na questão de especialidades e exames, com 800 mil procedimentos aguardando atendimento. A partir de 18 de fevereiro, porém, tomamos uma medida de usar o telefone para confirmar a presença dos pacientes em consultas, porque temos de 30% a 40% de índice de faltas", afirmou.
Em caso de problemas no atendimento, o secretário orienta que o paciente entre em contato com a ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde. "Nossa orientação é que o paciente insista na recepção da unidade e, não sendo atendida, que procure a ouvidoria."

Nenhum comentário:

Postar um comentário