Em protesto, agricultores interditam trechos da BR-174, no Amazonas

Bloqueio teve como objetivo chamar atenção para falta de infraestrutura.
Secretaria de Produção Rural disse que ramal recebeu ação emergencial.

Do G1 AM

Protesto ocorreu na manhã desta segunda-feira (20) na 174 (Foto: Ana Graziela Maia/Rádio Amazonas FM)

Cerca de 400 pessoas entre produtores rurais e moradores do Ramal Pau Rosa bloquearam a BR-174, na altura do Km 21, nos dois sentidos da rodovia, que liga o Amazonas ao estado de Roraima. Os manifestantes utilizaram faixas, pneus e madeiras para impedir a passagem de carros na manhã desta segunda-feira (20). Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionados.

De acordo com as lideranças, o bloqueio da estrada teve como objetivo chamar a atenção das autoridades para a falta de infraestrutura do ramal. Segundo eles, as condições da estrada afetam o escoamento da produção e também a passagem de pessoas no local.

O produtor de banana Francisco Amaral pede providências das autoridades. "Moro no 14,5 km, a estrada não é asfaltada. Sou produtor de babana e sou obrigado a vender a custo baixo aqui dentro da comunidade. Quando chove, até os ônibus ficam sem pegar os alunos para levar à escola. A estrada é precária", afirmou.

Para amenizar a situação durante o protesto, agentes da Polícia Rodoviária Federal montaram um esquema para a passagem de carros. Cerca de dez veículos tinham a passagem liberada por vez. O ato teve início por volta das 7h30 e durou cerca de três horas.

Manifestantes utilizaram faixas, pneus e madeiras para impedir a passagem de carros (Foto: Ana Graziela Maia/Rádio Amazonas FM)

O secretário de Estado de Produção Rural (Sepror), Eron Bezerra, informou ao G1 que o  Ramal do Pau Rosa já recebeu asfaltamento. Ele disse ainda que a Sepror fez um trabalho emergencial nas vicinais próximas ao Ramal e que a Secretaria aguarda o fim do período chuvoso para fazer ações definitivas na área.

"Estamos estranhando esse protesto. Recebemos uma comissão de produtores e fizemos um trabalho emergencial no local, mas só podemos trabalhar de maneira definitiva após o período chuvoso. Fizemos um trabalho emergencial para amenizar o sofrimento. Isso é com o Incra, mas fizemos isso pelo compromisso com os produtores", afirmou.

O G1 tentou contato com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), por meio da assessoria de imprensa, mas não obteve sucesso através dos números disponíveis no site do Instituto