No meio do cerrado desabitado, agricultura viu crescer nova realidade.
Ela chegou quando as terras ainda não haviam sido batizadas, em 1974, junto com o marido, deixou Santa Catarina atraída pelo preço dos terrenos, bem abaixo do valor médio de mercado.
Em uma foto, o carro que trouxe a família. Era deles a primeira casinha do vilarejo. A região foi crescendo e precisou de um nome, Amália sugeriu São Gabriel do Oeste, por ser devota do santo.
Quem hoje vê as terras ocupadas por grandes plantações de grãos, não consegue imaginar o passado difícil. Amália e o marido, Angelo Brisot, começaram plantando arroz.
Na área hoje arrendada para outros produtores, o arroz deu lugar à soja. E quando não havia máquina para ajudar na colheita, Amália lembra que o trabalho era feito com as mãos.
Com o tempo, os negócios foram crescendo. Em cinco mil hectares, eles plantavam soja e milho e criavam gado de corte. Os seis filhos, cinco deles hoje formados na faculdade, já receberam a herança e administram a fazenda. Amália chegou aos 76 anos com a sensação de dever cumprido.
E a história desta senhora serviu de inspiração para outras mulheres da família, entre elas a Gilce Brisot. Assim como a tia, a sobrinha saiu de Santa Catarina para ser produtora rural em São Gabriel do Oeste.
Para conseguir cuidar da fazenda, Gilce precisou voltar à faculdade, formou-se em administração em agronegócio e agora controla cada passo.
O esforço deu resultado. Hoje Gilce é dona de 700 hectares, agora ocupados com o milho.
Para se dedicar ao campo, a agricultora precisou abdicar da convivência diária com a filha, que ficou em Santa Catarina e nem se lembra mais da rotina que levava na cidade.
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