A pouco mais de um ano do início da corrida eleitoral, a presidente começa a escolher a equipe que determinará os rumos de sua campanha à reeleição
Laryssa Borges e Gabriel Castro, de Brasília VEJA.COM
Dilma e Mercadante: ministro integrará a coordenação da campanha
(Nilton Cardin/Futura Press)
Aos poucos, a petista já sinaliza quem serão seus homens de confiança na campanha à reeleição. Em 2010, a própria Dilma apelidou de "três porquinhos" - em alusão à forma física - o grupo formado por José Eduardo Dutra, Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo, coordenadores da equipe. Desse trio, somente Cardozo, atual ministro da Justiça, deverá repetir oficialmente o papel de coordenador do "projeto reeleição" em 2014.
Antonio Palocci, que terminou a campanha como homem forte da presidente, foi abatido ainda no início do governo do poderoso posto de chefe da Casa Civil. Conhecido por sua habilidade e trânsito com o empresariado, o petista teve um aumento de patrimônio de 25 vezes em quatro anos, o que levantou suspeitas de tráfico de influência. Na corrida pela reeleição de Dilma Rousseff, é esperado que o ex-ministro atue nos bastidores e tenha uma atuação informal como arrecadador de campanha. Desde que deixou a presidência do PT por problemas de saúde, José Eduardo Dutra, o último dos "três porquinhos", parou de participar do dia a dia da vida partidária.
O novo time para a corrida ao Palácio do Planalto tem velhos conhecidos da presidente, como o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O ex-senador já anunciou que não tentará a indicação do PT para concorrer ao governo de São Paulo. Segundo aliados, apesar da incerteza que cerca um político conhecido por recuar de decisões irrevogáveis, Mercadante desistiu porque deverá assumir um posto central na campanha - e, em caso de vitória, vislumbra ganhar um ministério mais poderoso.
Também na linha de frente estarão nomes com perfil técnico, como o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, o geólogo Giles Azevedo, atual chefe de gabinete da presidente, e o economista Bernardo Figueiredo, diretor-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL).
Conheça quem são os homens da presidente para 2014.
O homem da presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente
Ainda na Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva foi o
principal cabo eleitoral da então ministra Dilma Rousseff na corrida
presidencial de 2010. Agora, fora do Palácio do Planalto e com a saúde
estável depois de um câncer na garganta, ele tem se dedicado à
articulação política e à montagem de palanques eleitorais.Em 2014, a
missão de Lula será garantir as alianças regionais e os apoios
partidários para a reeleição. Em muitos casos, quando o petista está no
jogo, articulação é sinônimo de imposição de interesses do PT. Em 2010,
funcionou.
O cenário atual, entretanto, é mais complexo porque há chance de o
número de adversários competitivos ser maior: além do tucano Aécio
Neves, devem concorrer Marina Silva - detentora de 20 milhões de votos
na última corrida presidencial -, e o governador de Pernambuco, Eduardo
Campos (PSB). Esse, aliás, é um dos grandes desafios do ex-presidente:
convencer Eduardo Campos que sua vez será em 2018 e deixá-lo de fora da
disputa no ano que vem.
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