A TARDE
De acordo com a promotora de Justiça, o Bompreço anunciou em uma das suas lojas, no mês de fevereiro de 2012, que o energético Red Bull de 250 ml custava R$ 7,49 em supermercado concorrente, valor R$ 1,50 acima da quantia de R$ 5,99 em que era comercializado em suas unidades. "No entanto, a análise das notas fiscais demonstrou que o preço do energético Red Bull vendido no concorrente não correspondia ao valor anunciado pelo Bompreço, sendo inclusive mais barato", afirmou a promotora em nota.
Conforme Joseane Suzart. , em manifestação feita em setembro de 2012, o Bompreço alegou ter atuado baseado no Código de Autorregulamentação Publicitária, que autoriza o uso de 'atrativos comparativos'. Segundo a promotora de Justiça, o MP propôs ao Bompreço um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas "a demandada não se manifestou tempestivamente, restando imprescindível a propositura da ação civil pública".
O MP solicita que, no prazo de 15 dias, a rede divulgue os preços dos produtos anunciados na campanha, com cópia integral da nota fiscal da venda do item nos estabelecimentos comerciais concorrentes, indicando de forma clara ao consumidor o preço praticado pela concorrência e os detalhes específicos do produto anunciado.
O Bompreço também deverá retirar de todas as unidades integrantes da rede no Estado da Bahia os cartazes ou outros meios de anúncios que contenham referência aos preços de produtos de outros estabelecimentos, desacompanhados das notas fiscais da venda ou que façam referência a preço errado.
O MP também determinou a não alteração dos preços dos produtos vendidos pelos fornecedores concorrentes em qualquer campanha publicitária, realizada em suas lojas ou por meios de comunicação midiática. Em caso de descumprimento, a Rede poderá pagar multa diária de R$ 50 mil.
A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de comunicação do grupo Walmart, proprietário da rede de supermercados e hipermercados Bompreço, mas não obteve êxito.
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