MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 19 de maio de 2013

Após fraude, produtores de leite debatem qualidade do produto no RS


Produtores e técnicos da área levantam o tema durante fórum em Gaurama.
Estado é o segundo maior produtor de leite do país.

Do G1 RS

Depois da Operação Leite Compensado, que descobriu um esquema que fraudava leite no Rio Grande do Sul, produtores se mostram preocupados com a qualidade do alimento. Por isso, um seminário na quinta-feira (16) discutiu alternativas para melhorar a produção e a qualidade do produto no 4º Fórum de Produção e Qualidade do Leite, no município de Gaurama, Noroeste do estado.
Dentro da programação do fórum, produtores e profissionais envolvidos na produção leiteira gaúcha debateram formas para garantir a qualidade do produto, como mostra a reportagem do Campo e Lavoura, da RBS TV (veja o vídeo acima).
"Sabemos que produzir volumoso no caso do pasto é uma forma barata de produzir comida para alimentar o rebanho, então é indispensável ter volumoso bom e barato", afirma o técnico em agropecuária Adalberto Amorin.
Segundo a veterinária Carine Martini, também é preciso investir em genética do rebanho e estar atento à saúde dos animais. "A vaca pode ter uma genética ótima, mas se ela não tiver alimento ou não estiver saudável, ela não vai conseguir produzir, expressar o potencial genético dela", afirma.
O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de leite do país. A atividade está presente em 450 municípios do estado e envolve cerca de 121 mil produtores.
Produtores discutiram qualidade do leite em seminário (Foto: Reprodução/RBS TV)Produtores discutiram qualidade do leite em seminário
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Délcio Luiz Thomaz é um dos 150 produtores de leite de Gaurama. O produtor possui 16 vacas em lactação, que produzem até 35 litros por dia cada, uma das maiores médias do município. "Tem animais que superam até 50, 60 litros de leite", confirma.
A fórmula de Décio para garantir uma produtividade alta é simples. Entre os aspectos mais importantes a serem observados, segundo ele, estão uma alimentação balanceada e um local protegido da chuva e do sol para abrigar os animais, além do acompanhamento permanente de um médico veterinário e de um zootecnista.
"O acompanhamento do médico veterinário é de uma vez por mês. Ele passa o dia aqui na propriedade, faz as vacinas e a gente conversa bastante, troca ideias. O acompanhamento do nutricionista é feito cada vez que mexemos na alimentação. Ele vem na propriedade e analisa o que a gente está fornecendo", explica o produtor.
Nem todos os produtores de leite, porém, têm essa preocupação, de acordo com o secretário de Agricultura de Gaurama, Álvaro Tonial. "Tem muitas propriedades que têm muitas vacas e pouco pasto. Reduzindo a quantidade de vaca e aumentando a pastagem, ela produz mais hoje, com menos vacas".
A médica veterinária Carine Martini cita ainda outros problemas da cadeia de produção do leite. "Hoje, a gente tem ainda a dificuldade no transporte do leite, no armazenamento do produto e também temos aquele receio de contratar assistência".

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