MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 19 de março de 2013

Rede de franquias agora vai consertar eletrodomésticos


Meta da Doutor Eletro é inaugurar 100 unidades em 2013 e faturar R$ 18 milhões com novo modelo de negócios
GISELE TAMAMAR, ESTADÃO PME


Rubens Cardia/Estadão
Rubens Cardia/Estadão
Atento. David enxergou oportunidade para abrir a Dr. Eletro
Quando a Doutor Resolve começou a entrar na casa dos clientes para fazer reparos e reformas gerais, outra demanda surgiu: consertar eletrodomésticos. Atento ao mercado, o presidente do grupo Resolve Franchising, David Pinto, enxergou uma nova oportunidade de negócio e abriu a Doutor Eletro. A empresa pretende vender 200 franquias em 2013 e inaugurar pelo menos 100 dessas unidades até o fim do ano. Com isso, a rede espera faturar R$ 18 milhões apenas com a manutenção de geladeiras, fogões, entre outros produtos.

“O segmento de manutenção de eletrodomésticos é grande e exige especialização e treinamento para as especificidades de cada aparelho. Não daria para contemplar o serviço dentro da Doutor Resolve. Criamos a Doutor Eletro com um novo modelo de trabalho para facilitar o desenvolvimento do negócio”, destaca David.
Só no primeiro mês de oferta, foram vendidas 20 franquias. O investimento para abrir uma unidade da rede gira em torno de R$ 30 mil a R$ 40 mil, caso o interessado planeje trabalhar de casa. Quem quiser abrir um ponto comercial precisará desembolsar perto de R$ 60 mil. O franqueado pode ser o próprio técnico em refrigeração, já acostumado com a prestação do serviço, ou o empresário que enxergou uma oportunidade e pretende administrar a operação da franquia.
“É um negócio para atender a classe média, que está comprando carro, casa e quer virar patrão também”, pontua David. O negócio pode começar com apenas um técnico, que será responsável pelos reparos. O foco dos serviços está, principalmente, em cinco aparelhos: máquina de lavar, geladeira, fogão, micro-ondas e ar-condicionado. O faturamento líquido estimado é de R$ 10 mil a R$ 20 mil por mês.
Para contornar o problema de mão de obra no segmento, David afirma que o franqueado vai precisar oferecer ao técnico uma boa remuneração. “Não tem milagre. É preciso oferecer benefícios. Ele vai trabalhar com um salário fixo, mais comissões e carteira assinada.”
Já para enfrentar a concorrência das lojas tradicionais, a Doutor Eletro vai investir na divulgação da marca, na padronização, controle de qualidade, prazo de garantia pós-venda, treinamento e receber dos consumidores até pagamento por meio de cartão. “Temos um plano de investir R$ 2 milhões em divulgação. Quando inaugurarmos 50 franquias, entramos em mídia nacional para fortalecer a marca”, planeja o empresário.
A Doutor Resolve, principal marca do grupo, tem mais de 500 franqueados e registra em média 50 mil atendimentos por mês. Diante do crescimento, a rede acabou sendo alvo de aproximadamente 700 reclamações de consumidores no site especializado Reclame Aqui.
“Pela quantidade de atendimentos que temos, o número é baixo, mas não deixa de ser preocupante. Temos um canal de ouvidoria para tomar as providências e cada franqueado tem um seguro de responsabilidade civil, o mesmo sistema que estamos implantando na Doutor Eletro para cobrir eventuais prejuízos”, diz David.
Análise. De acordo com o sócio-diretor da consultoria Francap, André Friedheim, o grupo Resolve Franchising segue uma tendência do setor, de franqueadores com diversas marcas, e aposta em um mercado interessante no País. “O mercado brasileiro de serviços está passando por um momento de profissionalização. As redes de franquias que surgem com essa proposta têm potencial”, avalia.
O ponto de atenção está no crescimento rápido. “É preciso acompanhar de perto a expansão. A divulgação do serviço é muito no boca a boca e o cliente vai indicar a rede se for bem atendido”, diz Friedheim.

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