MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 21 de março de 2013

Pampas Safari é interditado após morte de animais com tuberculose bovina




Local está proibido de receber público enquanto não solucionar problema sanitário


Pampas Safari é interditado após morte de animais com tuberculose bovina Glauco Malta/Divulgação
De acordo com o Ibama, a área de manutenção e armazenagem de alimentos dos animais se encontrava em péssimas condições Foto: Glauco Malta / Divulgação
Roberto Azambuja

O Pampas Safari, em Gravataí, foi interditado na manhã desta quinta-feira devido à contaminação por tuberculose bovina em algumas espécies criadas no local. Com a determinação do Ibama e da Secretaria Estadual de Agricultura, o parque não poderá receber visitação até que sejam apresentadas medidas para solucionar o problema. Também está proibida a entrada e saída de animais.

O Ibama adianta, porém, que o público que esteve no Pampas Safari recentemente não corre o risco de adquirir a doença. Conforme o órgão, a tuberculose bovina é transmitida pelo contato prolongado com os animais. Por isso, funcionários do local devem ser chamados para realizar exames médicos.

A constatação da contaminação de animais como camelos, lhamas e cervos foi embasada em laudos laboratoriais e necropsias de espécies mortas, analisados pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). De acordo com o veterinário da Secretaria da Agricultura do RS, Rodrigo Etges, a tuberculose bovina pode ser transmitida entre espécies de animais e também adquirida por humanos.

— Há comprovação suficiente para suspender a visitação. De concreto, temos os laudos dos animais que morreram. Fica a cargo da administração do parque definir o que será feito com os que estão vivos e têm risco da doença. Pode haver abate ou algum tipo de tratamento — explica o chefe da divisão técnica do Ibama, Maurício Vieira de Souza.

De acordo com o Ibama, a morte dos animais não foi comunicada aos órgãos competetentes, e a área de manutenção e armazenagem de alimentos se encontrava em péssimas condições. O órgão ainda encontrou valas com carcaças de animais parcialmente decompostas ao ar livre, sem critérios sanitários e ambientais.

A administração do parque admitiu surpresa com a notificação. Segundo a proprietária Anelise Febernati, o Pampas Safari preza pelo cuidado com os animais e as documentações referentes ao Ibama estão em ordem. Ela acredita que em uma ou duas semanas o local já possa voltar a funcionar:

— Tivemos uma troca recente no corpo técnico e de funcionários. Pode ter ficado alguma mágoa das rescisões de contrato, mas as denúncias são infundadas, não têm procedência. Todos os exames anteriores deram negativo.

Anelise reforça que os testes serão refeitos em todos os animais do parque e que aqueles apontados como infectados pela doença já foram postos em isolamento. A administração ainda não teve acesso aos laudos.
O Pampas Safari está localizado em uma área de 320 hectares às margens da rodovia Cachoeirinha-Gravataí (ERS-020), em Gravataí, na Região Metropolitana. Segundo o site do parque, conta com mais de 2 mil animais da fauna mundial.
Serviço
— A administração do parque informou que cupons vendidos em um site de compras coletivas poderão ser prorrogados pelo período em que o local estiver fechado para visitação, caso o prazo para uso expire.
ZERO HORA

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