Luiz
Inácio Apedeuta — mas burro jamais! — da Silva é hoje um misto de líder
político e lobista muito bem-sucedido. O que o distingue de Zé Dirceu é
uma condenação em última instância por corrupção ativa e formação de
quadrilha. Eles têm dimensões distintas, é certo, mas, hoje em dia, a
mesma profissão.
Não é só
ex-presidente que gera despesas ao Estado. Estas estão previstas em lei:
oito funcionários entre motoristas, assessores e seguranças. O lobista
Lula, revelam Fernando Mello e Flávia Foreque na Folha de hoje, também
gera custos aos cofres do Estado. Suas andanças mundo afora como
facilitador de negócios de grandes empresas, pesam no bolso dos
brasileiros. Leiam trecho da reportagem:
O governo
brasileiro também teve gastos com as viagens privadas ao exterior feitas
pelo ex-presidente Lula. Ontem, a Folha revelou que 13 de suas 30
viagens ao exterior após sair do cargo foram bancadas por empreiteiras
com interesses nos países visitados, conforme telegramas obtidos via
Itamaraty. Em parte dessas viagens, Lula recebeu apoio de embaixadas,
por meio de funcionários locais ou diplomatas enviados do Brasil para
acompanhá-lo. Há também pagamento de almoços e aluguéis de material para
a comitiva. Segundo advogados e procuradores da República, gastos não
previstos na legislação podem gerar ações para ressarcir os cofres
públicos.
A lei que
trata dos direitos de ex-presidentes não prevê apoio diferenciado no
exterior —como no Brasil, são previstos oito assessores pagos pelo
governo, como seguranças e motoristas. Mas a tradição diplomática
costuma considerar isso uma cortesia. Em algumas viagens de Lula ao
exterior, o Itamaraty designou diplomatas do alto escalão para
acompanhá-lo. Foi o que ocorreu em viagem de Lula a Moçambique e África
do Sul, em 2012, quando o embaixador Paulo Cordeiro, subsecretário-geral
para África e Oriente Médio, foi o encarregado da tarefa.
(…)
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