MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 25 de março de 2013

Na capital, alto preço do açaí afasta consumidores dos pontos de venda


Aumento do consumo do produto seria uma das causas do alto custo.
Produtores do interior do estado também sofrem com a queda nas vendas.

Do G1 PA

A alta no preço do litro do açaí está afastando os consumidores dos pontos de venda do produto na Grande Belém. A explicação não seria apenas o período de entressafra, mas o aumento do consumo dentro e fora do Brasil.
A venda caiu em 50% no ponto de seu Bianor Assunção nas últimas semanas. O motivo seria o alto preço cobrado pelo litro do açaí grosso, comercializado no local a R$ 25. "Devido a grande falta de açaí que deu esse ano, uma coisa tremenda, nunca tinha acontecido. Mais de 20 de anos que nos estamos trabalhando com açaí nunca tinha acontecido uma falta deste tamanho", afirma o comerciante.
Segundo uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconônimos (Dieese), divulgada na última terça-feira (19), o reajuste do produto chegou a 24% somente no início de 2013. O aumento do consumo e a baixa produção são apontadas pelo Dieese como as causas para os preços elevados.
O presidente da Associação de Batedores de Açaí, Carlos Noronha, afirma que 90% dos batedores de açaí em Belém não abriram na última sexta-feira (22), "porque hoje não havia o produto, a fruta para se trabalhar. Com um preço de R$ 130 a lata de 14 kg, o batedor artesanal teria que vender a R$ 25 o litro, e o consumidor se afasta de um açaí desse preço", avalia.
Em Inhangapi, no nordeste do Pará, onde a produção de açaí é a terceira maior do estado, os produtores também sentiram o impacto na queda das vendas. Alguns estão na expectativa da situação melhorar nos próximos meses. "A gente está esperando o açaí amadurecer para ver se pega um preço bom daqui para maio", explica o produtor de açaí, Adauto Souza.
De acordo com o técnico da Empresa de Assistencia Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), José Maria da Costa, a exportação do produto também contribui para a escassez do alimento. "70% vai pra indústria e parte desse açaí que vai para a indústria é exportada, e uma pequena parte é vendida no comércio, no mercado nacional".

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