MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 8 de março de 2013

Maternidade Santa Mônica é fechada por falta de condições de trabalho


Médica obstetra sofre ameaça de agressão por marido de gestante.
Funcionários denunciam a falta de material básico de trabalho.

Fabiana De Mutiis Do G1 AL

Maternidade foi fechada por falta de condições de trabalho. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)Maternidade foi fechada por falta de condições de trabalho. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
A tentativa de agressão a uma médica que integra o quadro de servidores do Hospital Santa Mônica e a falta de condições de trabalho foram o estopim para que a principal maternidade do estado fechasse as portas novamente na tarde desta sexta-feira (8). Segundo os funcionários, nem os casos de urgência serão atendidos na unidade de saúde que é especializada em parto de risco.
“Do jeito que a maternidade está não há como manter os trabalhos de forma adequada. Por muito pouco, hoje, uma médica obstetra não foi agredida pelo marido de uma gestante que não compreende que a limitação não são dos funcionários, mas da estrutura do hospital”, falou a médica Goretti Praxedes.
Médicos não têm roupa adequada para realizar cirurgias (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)Médicos não têm roupa adequada para realizar
cirurgias (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
Outra queixa dos médicos é a falta de lençol para pacientes, aventais e  roupas para cirurgia. “As condições de trabalho são tão ruins que para se ter ideia hoje fizemos uma cirurgia cesariana usando calça jeans e apenas uma bata. Algo que é inadequado para o procedimento”, diz a médica Valtenice Veloso.
Diante da situação o anestesista Manoel Sabino da Costa disse que o risco de infecção é muito alto quando a equipe médica usa roupas inadequadas para procedimentos cirúrgicos. “O risco de infecção é grande, mas fazemos o procedimento porque se a cirurgia não for realizada o risco de morte da gestante e do bebê é maior”, completou.
Entre as gestantes que estão na Santa Mônica aguardando atendimento está a jovem Cícera de Cássia, 25. Moradora da periferia de Maceió, do bairro do Tabuleiro, ela está grávida de 7 meses e com fortes dores.
Gestante aguarda atendimento há quase 10 horas em maternidade. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)Gestante aguarda atendimento há quase 10 horas
em maternidade. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
“Cheguei aqui às 9h da manhã. Primeiro passei na Maternidade Santo Antônio de Paduá. De lá me mandaram para cá. Aqui  fiz uma ultrassonografia e estou aguardando atendimento”, conta a jovem que durante todo esse tempo não realizou nenhum exame referente ao pré-natal.

“Casos como este são comuns aqui na Santa Mônica e resultam em mais problemas porque a unidade que é especializada em urgência acaba realizando procedimentos que deveriam ter sido feitos em postos de saúde ou pelas equipes do Programa da Família”, desabafa a médica Goretti Praxedes.
Agressão
Quanto à tentativa de agressão à médica, servidores da Maternidade Santa Mônica contaram que a profissional só não foi agredida fisicamente porque o vigilante interveio na confusão provocada pelo marido de uma das gestantes que aguardava atendimento no local.
Segundo relatos dos servidores, a gestante havia sofrido um aborto, e como o caso dela não era de urgência, a jovem seria encaminhada para outra unidade médica. Caso que revoltou o marido que partiu para agressão verbal e física, sendo impedido pelo segurança.

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