MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 5 de março de 2013

Ibama do Ceará devolve dezenas de animais silvestres para a natureza


Muitos, depois de capturados, foram abandonados nos centros urbanos.
A grande dificuldade do Ibama é encontrar áreas para reinserir os animais.

Do Globo Rural

O retorno começa no centro de triagem de animais do Ibama, em Fortaleza. São diversas espécies, umas trezentas já chegaram ao local. Quinze tartarugas com nacionalidades diferentes esperam por um novo lar. Algumas são originárias da Amazônia, outras, dos Estados Unidos, mas todas terão o mesmo destino: o zoológico de Canindé, no sertão cearense.

As pessoas os compram os animais silvestres, ainda filhotes, de vendedores clandestinos. Quando eles ficam maiores, os donos perdem o interesse e os abandonam. Algumas tartarugas, por exemplo, foram encontradas em lagoas de Fortaleza.
São as cores das araras que as tornam cobiçadas. O desejo dos criadores fez deste animal presa fácil para os caçadores. Algumas espécies, como a arara azul, estão em processo de extinção. Elas devem ser devolvidas à natureza nos próximos meses. Serão levadas para o Mato Grosso.
Por ano, o Ibama faz 36 operações de devolução de animais ao meio ambiente no Ceará. Os animais são embarcados para uma viagem de duas horas até Guaramiranga, no maciço do Baturité, um dos poucos recantos de Mata Atlântica do semi-árido. O novo lar fica em uma reserva ecológica. A área tem 114 hectares de mata virgem.
É preciso escolher o lugar certo na mata para deixar cada um dos animais. O guaxinim foi deixado no lugar mais isolado da reserva. Predador e agressivo, precisa ficar o mais longe possível da ocupação humana. Os saguis não esperam muito para sair, sobem logo nas árvores e somem em meio às folhas. As cobras são mais lentas e reconhecem o terreno para depois subir nas árvores. O tamanduá de colete parece não querer sair das mãos do biólogo. Com a pequena tromba, busca comida, formigas e cupim, que estão nas fendas da árvore.
A grande dificuldade do Ibama é encontrar áreas para reinserir os animais. São cada vez mais raras e, em muitos casos, propriedade privada. Os donos precisam autorizar o trabalho dos técnicos.

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