MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 3 de março de 2013

Em protesto contra reajuste, pedágio de R$ 0,75 é pago com notas de R$ 50


Manifestação entre Matão e Araraquara causou congestionamento de 6 km.
Motociclistas se reuniram contra o pedágio da coxinha na tarde de domingo.

Felipe Turioni Do G1 São Carlos e Araraquara

Em protesto contra reajuste, pedágio de R$ 0,75 é pago com notas de R$ 50 (Foto: Felipe Turioni/G1)Em protesto contra reajuste, pedágio de R$ 0,75 é pago com notas de R$ 50 (Foto: Felipe Turioni/G1)
Operadora do pedágio devolve troco para R$ 50 de tarifa a R$ 0,75 em Araraquara, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)Operadora do pedágio devolve troco para R$ 50 de
tarifa a R$ 0,75  (Foto: Felipe Turioni/G1)
Motoristas e motociclistas de Araraquara e Matão (SP) se reuniram na tarde deste domingo para protestar contra o aumento de 50% no valor do pedágio da estrada vicinal Graciano da Ressurreição Affonso (ARA-080), que liga as duas cidades. A maneira encontrada pelos manifestantes para reclamar do reajuste foi pagar a cobrança, de R$ 1,50 para carros e R$ 0,75 para motos, com notas altas, a maioria de R$ 50. A demora na devolução do troco provocou congestionamento de 6 km na via, segundo os organizadores do protesto.

A cobrança para motos começou a valer na sexta-feira (1º). Antes, os motociclistas eram isentos da taxa para passar pelo local, que é conhecido na região como ‘pedágio da coxinha’. No mesmo dia, o valor do pedágio para carros, que era de R$ 1, também sofreu aumento. A cobrança é arrecada pela Prefeitura de Araraquara. “Qual o esforço que uma moto faz na estrada para exigir manutenção dessa pista?”, indagou o engenheiro Fernando Sartori, um dos manifestantes que mora em Matão. “Nem na rodovia eu pago pedágio, por que vou ter que pagar aqui?”.
Pedágio de R$ 0,75 é pago com notas de R$ 50 em Araraquara, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)Pedágio de R$ 0,75 é pago com notas de R$ 50 em
Araraquara, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)
Além da cobrança, os motociclistas questionam também as condições da pista. “Pagar para ter uma pista ruim, simples, sem acostamento, onde ainda corro risco de ser assaltada enquanto espero o trem passar é um absurdo”, reclamou a auxiliar administrativa e estudante Laísa Zanoni, que pagou o pedágio com uma nota de R$ 50 e incentivou outros amigos a fazerem o mesmo.

Lentidão
O pagamento com notas, algumas até de R$ 100, provocou lentidão na cobrança, já que os operadores da cabine devolviam o troco em moedas e os motociclistas e motoristas conferiam todo o dinheiro devolvido. A demora resultou em um congestionamento de 6 km, no sentido Araraquara, já que a maioria dos manifestantes era de Matão.
“Quem é de Araraquara não utiliza tanto o pedágio como é de Matão, que precisa vir muitas vezes para a cidade”, disse um dos organizadores da manifestação, Wesley Gonçalves. Ele organiza uma petição na internet contra a cobrança, que tem cerca de 500 assinaturas.

Transtornos
A lentidão no tráfego dos veículos causou alguns transtornos e reclamação de motoristas, irritados com a espera. “Eu sou cardíaca e hipertensa, estou a mais de 1h30 nessa fila de carros, com uma criança de 3 anos que não para de chorar”, disse a passageira Maria Aparecida Canuto, de 58 anos. “Deveria ter feito isso na segunda-feira, domingo é dia de descanso”.
Motorista de ônibus faz retorno durante protesto contra pedágio em Araraquara, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)Motorista de ônibus faz retorno durante protesto
contra pedágio (Foto: Felipe Turioni/G1)
Outros motoristas preferiram deixar de esperar e se arriscaram, fazendo contorno pela faixa contrária, incluindo um ônibus. Outros cortaram uma cerca de arame farpado e desviaram por dentro de uma propriedade particular, às margens da vicinal. Apesar da invasão de propriedade, a Polícia Militar, que estava no local, não pôde conter o desvio, já que nenhum proprietário reclamou.

A comerciante Márcia Borsari tentou passar com seu carro na frente da fila de motociclistas que protestavam, mas foi impedida por agentes de trânsito, que acompanhavam a manifestação. “Tentei conversar, saber se podia passar, não deixaram e estou aqui atrasada há 50 minutos para um compromisso, conformada e achando que devem mesmo protestar”, afirmou. Além de agentes de trânsito, a Guarda Municipal também estava no local.

O fluxo de veículos voltou ao normal após cerca de duas horas de manifestação, quando a catraca do pedágio foi liberada para os motociclistas e motoristas que apresentavam notas altas, pela falta de troco.

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