Menina com paralisia cerebral tem de viajar três vezes por semana, em GO.
Prefeitura paga algumas despesas, mas não tem ambulância equipada.
Tia cuida da criança com paralisia, que precisa de cuidados especiais (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)
A família de uma criança de 10 anos que tem paralisia cerebral e
respira com a ajuda de aparelhos luta para conseguir uma UTI móvel que
possa levá-la, gratuitamente, de Ouro Verde de Goiás até Goiânia e Anápolis,
onde ela precisa fazer tratamento médico três vezes por semana. O
percurso entre a cidade do interior e a capital é de apenas 60 km, mas
requer cuidados para não colocar a vida da menina em risco.Luana, que é criada por uma tia desde que nasceu, necessita de atenção especial 24 horas por dia. Os gastos para mantê-la viva são altos. Mesmo sem condições financeiras, a família tem de pagar o aluguel mensal de um equipamento que aspira a saliva dela, no valor de R$ 120, além dos gastos com fraldas e produtos especiais, que passam dos R$ 300 por mês.
A prefeitura doa os medicamentos e o leite especial que Luana toma, além de pagar aluguel do equipamento por meio do qual a garota respira. No entanto, a cadeira de rodas antiga, que ela utilizava, já não serve mais e uma nova, toda adaptada, custa R$ 3 mil. A menina também precisa de um oxímetro, aparelho que mede o oxigênio no sangue e os batimentos cardíacos.
A Secretaria Municipal de Saúde de Ouro Verde de Goiás disse que não faz o transporte da criança porque não tem ambulância com UTI. O carro com o equipamento foi pedido à Secretaria Estadual de Saúde, que garantiu que vai fornecer o veículo com oxigênio e aspirador para as consultas de Luana sempre que necessário.
Persistente, a tia não desiste de cuidar da sobrinha. "Enquanto tiver vida, tem que lutar", diz, com a voz embargada. Luana teve paralisia cerebral quando ainda estava na barriga da mãe e, como os pais não tinham condições de cuidar dela, deixaram a garota sob os cuidados da tia.
Devido a um desvio na coluna, o pulmão da garota também foi afetado. Ela precisa urgente de ser examinada por um especialista, mas a família não tem como pagar mais uma vez pelo transporte e nem mesmo pela consulta médica.
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