MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 10 de março de 2013

Cheia recorde causa prejuízos na plantação de malva no Amazonas


Quem decide não se endividar fica sem capital de giro no campo.
Na cidade, máquinas pararam e chegou o desemprego.

Do Globo Rural

Os produtores de malva do Amazonas estão fazendo a colheita preocupados. A planta fornece matéria-prima para fabricação de sacarias.
As águas alagaram a floresta em 2012. A cheia recorde dos rios no Amazonas causou R$ 6 milhões em prejuízos só com plantações de juta e malva, masm este ano, Altair Souza está otimista. O rio Solimões já sobe e parece mais tranquilo.
Antes de a água alcançar a plantação, o produtor quer colher, pelo menos, 15 toneladas. Com as vendas, pretende sanar a dívida do financiamento que não pôde pagar com a perda no ano passado.
O produto chegou a R$ 2 no ano passado. Hoje, as cooperativas estão comprando a um preço abaixo do mínimo pago pela Companhia Nacional de Abastecimento, que é de R$ 1,86.
A desvalorização da fibra no Amazonas tem motivo. Em galpões e cooperativas, há estoques sem fim. Em um deles, há 400 toneladas que não foram vendidas. Este ano, as cooperativas já começam a se preocupar.
Com dificuldade nas vendas, pode faltar espaço para o armazenamento. A estimativa de produção para 2013 é de mais de 9 mil toneladas. Só em um dos galpões, já há 15 toneladas que vão ser preparadas para comercialização, isso se o mercado melhorar.
“Esse ano, nós estamos com um problema muito grande devido às indústrias não estarem comprando a fibra, estarem com estocagem de sacaria, de fio, e nós, produtores, ficamos aqui como está, com este armazém cheio de fibra”, diz Eliana Medeiros, presidente de cooperativa.
“Em decorrência da importação dos exportadores de café de sacaria ou de manta pronta da Índia e Bangladesh, houve uma retração. Os empresários locais que produzem sacos não estão comprando fibra, o que vai nos obrigar, pela primeira vez, na história do Amazonas, praticar o preço mínimo. A Conab comprará, portanto, toda a safra produzida no Amazonas”, afirma  Eron Bezerra, secretário de Produção Rural do Amazonas. 60% das fibras vegetais produzidas no Brasil vêm do Amazonas.

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