MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 14 de março de 2013

Até 2050, 40% da produção global virá do Brasil, Índia e China, diz Pnud


Até 2020, produção dos 3 países ultrapassará a das 6 potências do Norte.
Mais de 80% da classe média mundial residirá no Sul até 2030, projeta.

Do G1, em São Paulo

Atualmente, o hemisfério Sul como um todo é responsável por cerca da metade da produção mundial, acima de cerca de um terço em 1990
Até 2020, a produção econômica combinada das três principais economias do hemisfério Sul - Brasil, China e Índia - ultrapassará a produção agregada dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, aponta o Relatório do Desenvolvimento Humano de 2013 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado nesta quinta-feira (14).
O estudo projeta também que, até 2050, Brasil, China e Índia serão responsáveis por 40% da produção global, ultrapassando a produção combinada projetada para o grupo das sete nações mais industrializadas (G7).
"O relatório mostra um rebalanceamento do poder na economia global. Em 2050, Brasil, China e Índia representarão 40% da economia mundial", aponta Daniela Costa Pinto, analista de desenvolvimento do Pnud
Para o Pnud, o novo cenário representará um dramático reequilíbrio do poder econômico global. “Pela primeira vez em 150 anos, a produção combinada das três principais economias em desenvolvimento (Brasil, China e Índia) está para se equiparar ao Produto Interno Bruto (PIB) das grandes potências industriais do Norte (Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Estados Unidos)”, aponta o relatório.
"Para o Brasil ganhar mais espaço na representação global, outros países tem que ceder espaço. Mas está virando óbvio que as instituições globais tem que mudar para reconhecer essa liderança a nível global", diz Jorge Chediek, representante residente da Pnud no Brasil. "É preciso que todos os brasileiros saibam que o país, além do futebol. carnaval, música, é reconhecido como um país rico, com importância no contexto global."
O estudo cita que, em 1950, Brasil, China e Índia juntos eram responsáveis por apenas 10% da economia mundial, enquanto as seis tradicionais maiores economias do Norte representavam cerca da metade.
“Atualmente, o hemisfério Sul como um todo é responsável por cerca da metade da produção mundial, acima de aproximadamente um terço em 1990”, destaca o relatório.

Economias em desenvolvimento
Hoje, o PIB combinado das oito principais economias em desenvolvimento (Argentina, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, África do Sul e Turquia), se equipara ao PIB dos Estados Unidos, ainda de longe a maior economia mundial.
O estudo destaca que o progresso foi intensificado nos últimos anos, tendo em vista que, em 2005, o peso dessas mesmas oito economias era quase metade do dos EUA.
Até 2030, mais de 80% da classe média mundial é projetada para residir no Sul, correspondendo a 70% dos gastos com consumo, projeta o estudo
Classe Média
A classe média no hemisfério Norte está crescendo rapidamente, aponta o relatório. Entre 1990 e 2010, a participação do Sul na classe média mundial saiu de 26% para 58%. “Até 2030, mais de 80% da classe média mundial é projetada para residir no Sul, correspondendo a 70% dos gastos com consumo.”
O estudo aponta que a região Ásia-Pacífico hospedará cerca de dois terços da classe média mundial até 2030, e a América Latina e Caribe cerca de 10%.
Outra estimativa é que, até 2025, o consumo anual nas economias emergentes crescerá para US$ 30 trilhões, de US$ 12 trilhões em 2010, com as residências do Sul correspondendo a três quintos do 1 bilhão de famílias com renda anual superior a US$ 20 mil.
“A contínua expansão da classe média certamente terá um profundo impacto na economia mundial”, cita o relatório.
Comércio
Os anos recentes marcam uma reorientação da produção global, diz o estudo, com muitos mais destinos para o comércio mundial. “Os países em desenvolvimento têm tido uma grande atuação: entre 1980 e 2010, eles incrementaram sua participação no comércio de mercadorias de 25% para 45%.”
O comércio no Sul foi o maior motor da expansão, cita, aumentando de menos de 10% para mais de 25% do total do comércio mundial nos últimos 30 anos, afirma, enquanto o comércio entre os países desenvolvidos decresceu de 46% para menos de 30%.

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