MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 21 de março de 2013

Alunos da Gama Filho e UniverCidade vão à Justiça por nova administração


Estudantes e professores pedem solvência do grupo que cuida de ambas.
Mensalidades são pagas, mas não há aulas; professores não recebem.

Gabriel Barreira Do G1 Rio

Entre 200 e 300 pessoas se reuniram no Centro da Cidade até às 17h (Foto: Gabriel Barreira/G1)Entre 200 e 300 pessoas se reuniram no Centro da Cidade até às 17h (Foto: Gabriel Barreira/G1)
Uma ação civil pública foi protocolada na tarde desta quinta-feira (21) pedindo a intervenção do MEC na Universidade Gama Filho e na UniverCidade, que estão sem aulas, além de uma liminar pedindo a solvência da do grupo Galileo Educacional, administrador de ambas. Centenas de alunos, pais e professores, sobretudo do curso de medicina da Gama Filho, se reuniram na porta da Justiça Federal, no Centro do Rio , para pedir que a ação fosse aceita pelo juiz substituto Walmir Almeida Pinto, da 13ª Vara Federal, que ficou responsável pela ação. A ação, que foi movida pelo relator da CPI das Universidades Privadas, deputado Robson Leite (PT), teve o direito pleiteado e foi encaminhada para a Justiça Estadual.
O ato, que fechou duas faixas da Avenida Rio Branco até as 17h, aconteceu um dia depois da promessa da empresa pagar 50% dos salários de janeiro e fevereiro a professores com salário inferior a R$ 4 mil. Segundo docentes presentes, a promessa só foi parcialmente cumprida e, mesmo assim, ainda ficam faltando férias, 13º e FGTS. Faltam ainda os rendimentos de quem recebe mais do que R$ 4 mil mensais. Sem aula desde 17 de fevereiro, os alunos decidiram, após uma assembleia geral na semana passada, acatar a greve já anunciada de professores e funcionários.
Estudantes da Gama Filho protestam pela falta de aulas e pelo não pagamento do salário dos professores (Foto: Gabriel Barreira / G1)Estudantes da Gama Filho protestam pela falta de
aulas e pelo não pagamento do salário dos
professores (Foto: Gabriel Barreira / G1)
O G1 tentou contado por telefone com o grupo Galileo, mas não encontrou ninguém que pudesse falar sobre o assunto.
"É um caso de saúde pública. Essas pessoas é que vão nos atender nos hospitais quando se formarem. Elas não estão recebendo as condições necessárias para aprender. Não tem laboratórios, não tem nada. Sou professora da UGF há 10 anos e os salários sempre atrasaram, mas, antes, as coisas pelo menos funcionavam", sublinhou a professora de imunologia Ana Cristina Borges.
Outro docente, que preferiu não se identificar, deixou a UFRJ sonhando com a proposta pedagógica apresentada para a Gama Filho pela Galileo e se arrependeu. "Disseram que íamos desbancar a PUC e que íamos incomodar as públicas. Hoje, só incomodamos os alunos" lamentou ele.
Estudante de medicina, Daniel diz que paga mais de R$ 4 mil por mês e, mesmo assim, professores não recebem (Foto: Gabriel Barreira/G1)Estudante de medicina, Daniel diz que paga mais de
R$ 4 mil por mês e, mesmo assim, professores não
recebem (Foto: Gabriel Barreira/G1)
Nascido em Cachoeira Paulista (SP), Daniel Barbosa não volta para a cidade natal por não saber quando as aulas vão voltar e multiplica, com os valores de hospedagem e do dia a dia, os gastos da família que já são altos por conta da mensalidade de R$ 4.100.
Mãe da futura médica Gabriela, Neila Carvalho questiona a equação da Galileo, que não fecha apesar das mensalidades altas. "Quero saber para onde vai esse dinheiro. Minha filha já está tendo crise nervosa, para dormir precisa tomar tranquilizante" afirmou.
Há uma semana, três alunos do Centro Acadêmico de Medicina da Universidade Gama Filho foram à Brasília para debater o assunto com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O encontro está previsto para os primeiros dias de abril.

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