MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 17 de março de 2013

Agrônomos do ES trabalham para eliminar o mosaico do mamoeiro


Brasil é o maior produtor de mamão do mundo.
Doença ameaça lavouras dos estados produtores da fruta.

Do Globo Rural

O Espírito Santo é o segundo maior estado em volume de produção e o primeiro em exportação de mamão.
Em Linhares, assim que chegam do campo, os mamões selecionados passam por procedimentos que garantem a qualidade, mas não há banho de água fria que resolva um problema que cresceu muito em 2012, o mosaico do mamoeiro ou mancha anelar.
Geraldo Fonseca é um exemplo típico do que aconteceu com os pequenos e médios produtores do Espírito Santo no ano passado. Ele arrendou uma área e plantou 35 mil pés de mamão, imaginava colher 1,4 milhão de quilos, mas perdeu 70% disso porque quando o mosaico é detectado, não tem jeito, a única solução é cortar as árvores. “O investimento direto na cultura foi de cerca de R$ 500 mil e se a gente recuperar esse valor já vamos ficar felizes”, conta.
O mosaico é uma das doenças mais sérias do mamoeiro. É causado por um vírus e é transmitido pelo pulgão, inseto que se instala nas ervas daninhas que crescem em volta dos pés. O pulgão carrega o vírus causador do mosaico e quando pica o mamoeiro doente, ele adquire o vírus, vai para outras plantas e transmite para os pés sadios.
Os primeiros sintomas aparecem nas folhas, que começam a ficar deformadas, com manchas mais claras, por isso o nome de mosaico. Outro sintoma aparece no talo, tipo uma estria, e nos frutos, em formato de anel.
Às vezes, os frutos estão aparentemente saudáveis, mas a lavoura já está comprometida.
A boa aparência dos frutos pode ser uma das explicações para o aumento do número de casos no norte do Espírito Santo e como não há inseticida para acabar com a doença, a única forma de controle é o corte dos pés contaminados, mesmo quando eles estão carregados de frutas bonitas.
O produtor não quer perder dinheiro, cortando uma planta antes do momento certo da colheita, mas não tem outro jeito, tanto que existe até instrução normativa do Ministério da Agricultura que determina o corte compulsório dos pés infectados pelo vírus, mesmo sem o consentimento do produtor.

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