MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 10 de março de 2013

Abate de vacas cresce no Mato Grosso


Muitos pecuaristas estão com problemas com a renda da atividade.
Em 2012, 47% dos enviados para os frigoríficos eram vacas.

Do Globo Rural

Os criadores de gado de Mato Grosso estão mandando mais vacas para o abate.
O pecuarista Wallace Antunes deixou de criar bezerros há dez anos, quando decidiu investir apenas na recria do gado. Hoje, compra uma fêmea com até dez meses por R$ 500. Um macho, com a mesma idade, é bem mais caro, R$ 700.
Na hora do pagamento no frigorífico, a arroba do boi vale, em média, 7% a mais que a da vaca. Fazendo as contas, Wallace acha que está valendo a pena engordar vacas para o abate. “Apesar da conversão alimentar do macho ser bem superior, esse favorecimento do custo da arroba magra da fêmea tem nos optado a fazer a recria e a engorda da fêmea”, afirma.
Segundo a Associação dos Criadores de Mato Grosso, outro motivo que tem gerado maior abate de fêmeas é que muitos pecuaristas estão com problemas com a renda da atividade. “Se você não tem renda, tem que se desfazer do seu estoque, e o estoque do pecuarista é a fêmea”, explica Luciano Vacari, superintendente da Acrimat.
O resultado de todo este cenário é um só: o número de fêmeas enviadas para o abate cresceu. Em 2011, 34% dos animais enviados para os frigoríficos eram vacas. No ano passado, o percentual subiu para 47%.
A consequência do alto índice de abates de vaca agora vai ser mais sentida daqui a dois anos. A tendência é que a oferta de bezerros seja bem menor e, com isso, o custo para repor os animais no pasto vai aumentar.
O criador Juliano Dalcanale já está se preparando para gastar mais. O pecuarista largou o ciclo completo, mandou as fêmeas para o abate e resolveu investir apenas na compra de bezerros para engorda. Para ele, toda a redução no rebanho que vem acontecendo será positiva no futuro próximo. “Não há dúvida que, se houver uma menor produção de bezerros, com o passar de dois ou três anos, há uma produção menor de bois gordos, e isso acaba refletindo positivamente no preço”, diz.

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