Petrópolis, a Cidade Imperial, oferece opções turísticas para todos os bolsos

Fundação de Cultura e Turismo quer afastar rótulo elitista da cidade.
No Centro Histórico, valor das diárias oscila entre R$ 50 a R$ 780.

Chandy Teixeira Do G1 Região Serrana

Reconhecida por acumular um baú de status enriquecedores, Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, atrai turistas com os mais diversos gostos e objetivos, sejam eles culturais, ecológicos, gastronômicos, compras e até tecnológico. Os títulos de uma das primeiras cidades planejadas do Brasil e a única Cidade Imperial da América do Sul são só alguns dos ingredientes que transformam Petrópolis em um dos melhores destinos de turismo do país, segundo o Ministério do Turismo.
O requinte estampado em todos os traços arquitetônicos do Centro Histórico, combinado com o glamour dos distritos como Itaipava e Araras, acabaram rotulando a cidade como "elitista". No entanto, Petrópolis se modernizou, acompanhou o avanço do setor hoteleiro e, atualmente, consegue atrair turistas das mais variadas classes econômicas. Com diárias que oscilam entre R$ 50 a R$ 780, no Centro Histórico, a Cidade Imperial está pronta para atingir e atrair a nova classe média brasileira.

Catedral de São Pedro de Alcântara, local onde estão enterrados os restos mortais de D. Pedro II e da Princesa Isabel (Foto: Chandy Teixeira/G1)

O Centro Histórico, local que reúne a grande maioria dos casarões e museus, conta com 19 estabelecimentos, entre eles hotéis, pousadas e hostels, com um total de 1.125 leitos. Diferentemente de outros locais, a Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis classifica o preço das hospedagens dos hotéis por cifrões, ao contrário de estrelas, como acontece normalmente. Em comum apenas o grau máximo, que vai até cinco.
Nos bairros adjacentes ao Centro Histórico, as hospedagens ficam ainda mais em conta. Em um hostel, as diárias custam a partir de R$ 45. Zilma é proprietária de um hostel em Petrópolis. Ela conta que há quatro meses investiu R$ 130 mil e adaptou a casa da sogra para receber hóspedes. A empresária comemora os resultados e fala dos desafios.

Quartos coletivos dos hostels são a saída
para quem quer pagar barato nas hospedagens
(Foto: Divulgação)

"Vi uma reportagem e decidi investir nesta modalidade de hotelaria. Os hostels estão começando a chamar atenção do grande público. Hoje recebo famílias, mas poucos mochileiros. O pessoal que vem para cidade também quer pagar menos e ser bem atendido. O maior desafio nosso ainda são os banheiros coletivos que afastam os hóspedes, eles ainda não se adaptaram a esta realidade", disse Zilma Marques, proprietária de um hostel, localizado no centro da cidade e que já recebe hospedes vindos até de fora do país.
Na outra ponta, Petrópolis também é especialista em hotelaria de luxo. Principalmente nas regiões Itaipava e Araras, que concentram mais da metade dos estabelecimentos classificados com cinco cifrões pela Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis. Em um deles, o pacote do período carnavalesco - 5 diárias - chegou a custar R$ 6.570,00. Alto preço para quem deseja luxo e tratamento VIP até mesmo para crianças, que podem ter um cuidador permanente ao longo de toda a estadia. O público é basicamente formado por moradores da capital do Rio de Janeiro. Em um dos resorts mais caros da cidade, a taxa de hóspedes cariocas chega a 85%
"Alguns de nossos clientes sequer questionam preço. Eles são fiéis e estão em busca de luxo e tranquilidade. Nossos recreadores realizam atividades com as crianças e isso dá uma liberdade maior para os pais. Além disso, o alto luxo obriga um serviço de excelência, que é o que nós oferecemos sempre", disse Alexandre Peixoto, gerente de um dos resorts mais caros do distrito de Itaipava.

Neste chalé, as diárias chegam a custar R$ 805 (Foto: Divulgação)