MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Pacientes reclamam de demora no atendimento do Hospital Infantil


Segundo Secretaria de Saúde, problema é gerado por projeto de ampliação.
Mãe de bebê gravou vídeo de fila de pacientes que esperaram horas em pé.

Do G1 SC

Mães que precisam levar os filhos para consultas no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, reclamam das longas filas na hora da pesagem das crianças. A técnica de enfermagem Eliane Guesser, de Florianópolis, tem uma filha de nove meses e, pelo menos, duas vezes por mês precisa ir à unidade hospitalar para consultas.
Ela mora em Capoeiras, na capital, e toda vez que necessita ir até o hospital, sai de casa com o bebê por volta das 6h15. Quando chega na pesagem, por volta das 6h40, a situação é sempre a mesma: horas em pé com o bebê no colo aguardando ser chamada em uma fila. "Não há cadeiras e todos esperam em pé, com crianças no colo, às vezes as mães têm que amamentar. O pior desta fila é não saber quanto tempo vai demorar. O sol bate direto na fila e os ventiladores estão quebrados" diz a mãe que registrou em vídeo a situação na última quarta-feira (20) e mandou para o G1 (veja o vídeo acima).
Segundo Eliane, há três ambulatórios de consultas, com especialidades diferentes. A fila de pesagem é para os pacientes de todos os especialistas. A avaliação do peso das crianças inicia às 7h, mas a técnica em enfermagem passa pelo menos duas horas na fila, em pé, com o bebê no colo.  "Depois dessa, ganhamos uma senha, vamos para outro local, aguardamos para aí sim sermos atendidos", explica. Em geral, ela sai do consultório depois das 11h.
No local de espera para os consultórios há ar-condicionado e espaço para as mães sentarem. O problema é que ele não comporta todo mundo, segundo Eliane. "Geralmente não tem espaço aí eu tenho que sair pra esperar fora. Tem mães com crianças com Síndrome de Down, deficiência física. Minha bebê pesa oito quilos e eu fico na boa, mas tem crianças com 30/40 kg que tentam se jogar do colo e as mães precisam ficar em pé", fala a técnica de enfermagem.
O secretário de Estado da Saúde, Dalmo de Oliveira, reconhece que a unidade possui problemas. Segundo ele, além da falta de estrutura na área de consultas, o hospital trabalha em sua capacidade máxima. Todos os leitos estão ocupados e há alas fechadas por falta de pessoal.
Diariamente, cerca de 300 pessoas são atendidas na emergência do hospital, que possui aproximadamente 100 leitos para internação. Apesar disso, a capacidade pode variar, alerta o superintendente de hospitais da Secretaria de Estado da Saúde, Walter Gomes. Segundo ele, o Hospital Infantil está em reforma desde 2009. "Trocar o pneu com carro andando é muito complicado", afirma.
De acordo com o superintendente de hospitais, muitas áreas estão trabalhando de forma improvisada, em espaços alocados para garantir o atendimento aos pacientes. "Há várias áreas do hospital que estão funcionando provisoriamente para atender a área que está sendo construída", destaca Gomes. A reforma envolve as principais áreas da unidade, como o Centro Cirúrgico, a Unidade de Terapia Intensiva e o setor de Emergência. "É uma reforma muito profunda. Este hospital, assim como outros no estado, tem uma estrutura muito defasada. Como é referência na região, acaba gerando um problema muito grande", analisa Gomes.
Para o superintendente, a situação só será solucionada de forma definitiva com a finalização da reforma e a construção de uma rede de assitência integrada. Para os próximos anos, o governo do Estado planeja a construção de Unidades de Pronto Atendimento em diferentes municípios da Grande Florianópolis, que devem desafogar o problema da superlotação das unidades de saúde de toda a região, segundo Gomes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário