Em Florianópolis, Celso Ramos faz triagem no atendimento da emergência.
Em Joinville, MPF exigiu relação de pacientes após constatar abandono.
Nesta terça-feira (19), equipes do Ministério Público Federal vistoriaram o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, no Norte de Santa Catarina. Durante a visita foi constatada situação de abandono. Pacientes aguardavam por cirurgias em cadeiras e quase 30 pacientes, entre homens e mulheres, dividiam o mesmo banheiro, segundo o MPF. Por causa desta situação, a Justiça Federal determinou que o Governo do Estado deve fornecer informações sobre os pacientes internados no pronto-socorro em 72h.
MPF exigiu relação de todos os pacientes internados
no PS do Hans Dieter Schimdt
(Foto: Reprodução RBS TV)
"Nós fizemos um esforço e conseguimos contratar mais dois plantonistas e
também um diretor que se disponibilizou a fazer o plantão. E fechamos a
escala de plantão clínico usando a classificação de risco que é o
Protocolo de Manchester. A porta da emergência está aberta. Apenas os
casos que não tem nenhuma gravidade, que são os casos azul e verde, que
se chama, vão ser atendidos na rede municipal. Os outros casos são
colocados para dentro do hospital", destaca o secretário de Estado da
Saúde, Dalmo de Oliveira.no PS do Hans Dieter Schimdt
(Foto: Reprodução RBS TV)
Sobre a possibilidade de ser preso, caso não houvesse atendimento no hospital em Joinville, o secretário se defende. "Problemas existem. O hospital opera acima da capacidade. Não deixamos de atender nignuém, mas o prédio não tem estrutura, tem mais de 30 anos. Todos os leitos estão lotados" diz.
Na Grande Florianópolis, a realidade de quem trabalha e utiliza o SUS. O Hospital Celso Ramos, atende em sistema referenciado, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Apenas os casos considerados de emergência são atendidos. Os outros pacientes são orientados a procurarem UPAs e postos de saúde do município. "A única razão do Hospital Celso Ramos trabalhar referenciado é por causa das UPAs. Ele funciona assim desde novembro. Tem atendimento normal de casos graves, trazidos pelo SAMU e Bombeiros. Esta situação faz parte do nosso planejamento.", explica o superintendente de hospitais, Waldir Gomes. "A lógica do sistema é essa: você vai numa unidade de pronto-atendimento, faz o atendimento e, se necessário, é encaminhado para o Pronto-Socorro", descreve.
De acordo com a diretoria do Regional de São José, Marise Rodrigues, a equipe disponível e infraestrutura não dão conta da demanda. Em média, o PS atente entre 500 e 600 pacientes por dia. "Muitos deles vêm por demanda espontânea, porque talvez não temos atenção básica adequada. Não temos Policlínica e não temos UPA. Então, os pacientes têm que procurar esta unidade para serem atendidos", analisa.
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