MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ministério Público e pacientes relatam problemas em hospitais de SC


Em Florianópolis, Celso Ramos faz triagem no atendimento da emergência.
Em Joinville, MPF exigiu relação de pacientes após constatar abandono.

Janara Nicoletti Do G1 SC

Hospitais lotados. Infraestrutura precária e longas horas de espera em filas e corredores. Segundo pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) e o Ministério Público Federal esta é a realidade de quem procura as emergências de alguns dos principais hospitais de Santa Catarina. Em Joinville e na Grande Florianópolis, as principais emergências apresentam problemas de superlotação e restrição no atendimento aos pacientes.
Nesta terça-feira (19), equipes do Ministério Público Federal vistoriaram o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, no Norte de Santa Catarina. Durante a visita foi constatada situação de abandono. Pacientes aguardavam por cirurgias em cadeiras e quase 30 pacientes, entre homens e mulheres, dividiam o mesmo banheiro, segundo o MPF. Por causa desta situação, a Justiça Federal determinou que o Governo do Estado deve fornecer informações sobre os pacientes internados no pronto-socorro em 72h.
MPF exigiu relação de todos os pacientes internados no PS do Hans Dieter Schimdt (Foto: Reprodução RBS TV)MPF exigiu relação de todos os pacientes internados
no PS do Hans Dieter Schimdt
(Foto: Reprodução RBS TV)
"Nós fizemos um esforço e conseguimos contratar mais dois plantonistas e também um diretor que se disponibilizou a fazer o plantão. E fechamos a escala de plantão clínico usando a classificação de risco que é o Protocolo de Manchester. A porta da emergência está aberta. Apenas os casos que não tem nenhuma gravidade, que são os casos azul e verde, que se chama, vão ser atendidos na rede municipal. Os outros casos são colocados para dentro do hospital", destaca o secretário de Estado da Saúde, Dalmo de Oliveira.
Sobre a possibilidade de ser preso, caso não houvesse atendimento no hospital em Joinville, o secretário se defende. "Problemas existem. O hospital opera acima da capacidade. Não deixamos de atender nignuém, mas o prédio não tem estrutura, tem mais de 30 anos. Todos os leitos estão lotados" diz.
Na Grande Florianópolis, a realidade de quem trabalha e utiliza o SUS. O Hospital Celso Ramos, atende em sistema referenciado, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Apenas os casos considerados de emergência são atendidos. Os outros pacientes são orientados a procurarem UPAs e postos de saúde do município. "A única razão do Hospital Celso Ramos trabalhar referenciado é por causa das UPAs. Ele funciona assim desde novembro. Tem atendimento normal de casos graves, trazidos pelo SAMU e Bombeiros. Esta situação faz parte do nosso planejamento.", explica o superintendente de hospitais, Waldir Gomes. "A lógica do sistema é essa: você vai numa unidade de pronto-atendimento, faz o atendimento e, se necessário, é encaminhado para o Pronto-Socorro", descreve.
Na cidade vizinha, no Hospital Regional de São José, 95 pacientes dividiam o espaço do corredor, nesta terça-feira (19), como mostrou a reportagem da RBS TV (veja vídeo acima). Muitos aguardavam atendimento de forma improvisada. A direção da unidade abriu uma sala para pequenas cirurgias e pediu mais agilidade na realização de exames e nos processos de altas de pacientes. Nesta quinta (21), o número de pessoas diminuiu. Algumas ainda esperavam nos corredores do setor de emergência. A balconista Ana Maria Pereira chegou às 7h30 e foi atendida às 13h de quinta. Ela apresentava pralisia em um ado do rosto e ficou sem comer, em jejum, até as 17h.
De acordo com a diretoria do Regional de São José, Marise Rodrigues, a equipe disponível e infraestrutura não dão conta da demanda. Em média, o PS atente entre 500 e 600 pacientes por dia. "Muitos deles vêm por demanda espontânea, porque talvez não temos atenção básica adequada. Não temos Policlínica e não temos UPA. Então, os pacientes têm que procurar esta unidade para serem atendidos", analisa.

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