Grávidas esperam até 24 horas para serem atendidas.
Gerente da maternidade confirma superlotação.
A jovem, que pediu sigilo na identidade, está na 39ª semana de gravidez. Ela chegou na unidade às 9h desta terça-feira (19), foi diagnosticada com plaquetopenia (nível excepcionalmente baixo de plaquetas no sangue) e precisou ser internada, mas o repouso pedido pelo médico não atendido em sua totalidade.
"Pensava que ia pelo menos ser bem atendida, que me colocassem num leito ou em uma enfermaria, para que eu ficasse mais confortável, mas passei a noite toda deitada no banco na recepção", diz a jovem gestante.
A jovem, grávida de nove meses, conta que ficou 24 horas sentada em uma das cadeiras da recepção até finalmente conseguir um leito na sala de observação. Mas ela conta que tudo não passou de um mal entendido, pois não havia espaço para permanecer no local.
"Pelo que pude entender, agora vamos continuar sentadas. A internação continua na cadeira, o que é uma vergonha. Não tenho palavras. Vergonha", exclamou Milena Holanda, mãe da paciente.
A reportagem flagrou diversos leitos danificados e fora de uso pelos corredores da unidade, enquanto a todo momento, várias e várias mulheres tentam, em vão, dar entrada nessa unidade de saúde.
A direção admite que a maternidade está superlotada. Segundo a gerente-geral da maternidade, Lorena Rojas, todos os 79 leitos estão atualmente ocupados. E para piorar a situação, o hospital que presta suporte à unidade, também está superlotado.
"Para não deixarmos de atender estamos ficando com as pacientes aqui. Estamos tentando remanejar, acelerando o processo de visita, para ver se tem alguma paciente que vai embora de alta para podermos liberar mais leitos", diz.
Colaborou Débora Ribeiro, da TV Acre.
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