MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Macas são usadas como leito e ambulâncias ficam paradas no ES


Famílias de pacientes registraram hospital Dório Silva superlotado.
Secretaria de saúde informou que trabalha para inibir retenção de macas.

André Falcão Do G1 ES
Diversas ambulâncias ficaram retidas no pátio do Hospital Dório Silva, no município da Serra, na Grande Vitória, noite desta sexta-feira (15), após deixarem pacientes no local. Segundo testemunhas, quando os pacientes eram entregues ao hospital, as macas eram usadas como leito por falta de vagas. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informou que é preciso aguardar laudo médico para liberar o veículo e que trabalha para inibir a retenção de macas.
Familiares reclamaram da falta de vagas e de tratamento adequado às pessoas que chegavam ao hospital com necessidade de atendimento. Após sofrer um acidente de motocicleta, Marco Andrade aguardava uma ambulância para voltar para casa. “As ambulâncias estão paradas sem maca. Eles estão com as macas lá dentro do hospital e não liberam”, disse.
Além da dificuldade de locomoção, os pacientes sofreram com a superlotação do Dório Silva. Uma idosa, de 68 anos, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e precisava de cuidados especiais. “Ela ficou no corredor e continua lá. Eles falaram que não tinha vaga nos quartos. Isso é revoltante, porque a gente paga tanto imposto e para onde vai o dinheiro da saúde”, falou a filha da idosa, Janiele Valência.
Pacientes fizeram vídeos e fotos que registraram a situação do local. Muitas pessoas recebiam atendimento em cadeiras de plástico e poltronas. “As condições são péssimas. Meu pai está internado desde terça-feira (12) na emergência, em cima de uma maca em que ele não cabe totalmente e os braços ficam pendurados. Ele está com um quadro grave, esperando uma transferência para a Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Infelizmente, a saúde está pedindo socorro. O sentimento da gente é um misto de indignação e frustração”, contou Valdirene da Silva.
O subsecretário de saúde, Geraldo Queiroz, destacou que os pacientes precisam aguardar a avaliação médica para, então, a maca ser liberada. “O comum é que a maca aguarde o médico atender a pessoa e emitir o laudo e, então, se for o caso, retornar à sua origem. Esses casos registrados estavam com essa situação. Há alguns casos, que não são muito comuns, em que há retenção de macas. Mas o estado trabalha sistematicamente para inibir esse tipo de postura”, afirmou.
Secretaria de saúde informou que trabalha para inibir retenção de macas, no Espírito Santo. (Foto: Wagner Martins / TV Gazeta)Secretaria de saúde informou que trabalha para inibir retenção de macas. (Foto: Wagner Martins / TV Gazeta)

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