MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Governador de SC nega demora para vinda da Força Nacional ao estado


Segundo Colombo, ação da Força Nacional durante Carnaval seria de risco.
Homens chegaram a Florianópolis duas semanas após início dos ataques.

Do G1 SC

Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e governador Raimundo Colombo (Foto: Antônio Carlos Mafalda/Divulgação)Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e governador
Colombo (Foto: Antônio Carlos Mafalda/Divulgação)
O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, afirmou, na manhã deste sábado (16), que não houve demora para a vinda da Força Nacional de Segurança ao estado. Segundo ele, o desembarque de homens para ajudar a combater a onda de atentados que atinge Santa Catarina desde 30 de janeiro ocorreu no tempo previsto. Homens da entidade desembarcaram em Florianópolis nesta sexta-feira (15) e, neste sábado, atuaram na transferência de 40 presos para presídios de segurança máxima.
Durante coletiva de imprensa junto com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em que foram anunciadas medidas para combater os atentados em Santa Catarina, Colombo disse que a data estabelecida foi questão de estratégia. "Nós não poderíamos trazer a Força Nacional durante o Carnaval [época do ápice dos atentados, segundo o governador]. Uma reação como esta no meio do Carnaval seria uma situação extremamente grave", ressaltou.
Ainda de acordo com Colombo, durante o último feriado, a Força Nacional de Segurança estava pronta para chegar a Santa Catarina em até duas horas e meia. "Porém, entendemos que não deveríamos fazer esta intervenção no Carnaval, o risco seria muito grande", ressaltou. "Em paralelo, todo um processo foi feito em tempo recorde. Nós conseguimos desenvolver dentro de um sigilo estas etapas, o que foi muito importante".
Segundo Colombo, no período entre o início dos atentados, que começaram em 30 de janeiro, até agora, entidades do estado realizaram um trabalho de inteligência e acompanhamento dos ataques. Também foram instalados equipamentos de segurança na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, e foi anunciada a contratação de mais agentes prisionais. "A própria prisão da advogada [suspeita de envolvimento na morte da agente penitenciária Deise Alves] foi uma das origens deste processo", salientou.
Mapa Ataques SC 16 de janeiro 11h (Foto: Editoria de arte)
Entenda o caso
A segunda onda de atentados em Santa Catarina começou na noite de 30 de janeiro, no Vale do Itajaí. Até as 11h deste sábado (16), a Polícia Militar havia confirmado 106 ataques. Veículos foram incendiados e foram disparados tiros e jogados coquetéis-molotovs contra prédios públicos. As ocorrências foram registradas em 33 municípios: Navegantes, São José, Florianópolis, Criciúma, Itajaí, Palhoça, Camboriú, São Francisco do Sul, Laguna, Araquari, Gaspar, Joinville, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Ilhota, Tubarão, Chapecó, Indaial, Brusque, Blumenau, Garuva, Bom Retiro, São Bento do Sul, Rio do Sul, Porto União, São João Batista, São Miguel do Oeste, Içara, Imbituba, Guaramirim, Campos Novos e Balneário Rincão.
O policiamento foi reforçado em todas as regiões. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a suspeita é de que as ordens sejam comandadas por uma facção criminosa e partam de dentro dos presídios. As autoridades investigam a relação dos ataques com denúncias de maus-tratos no Presídio de Joinville e com transferências de detentos no sistema prisional do estado. Em Joinville e Florianópolis, são feitas escalas especiais de escolta para os ônibus do transporte coletivo.
Em novembro de 2012, quando aconteceu a primeira onda de atentados, durante sete dias foram confirmados 58 atentados em 16 municípios catarinenses. Os ataques cessaram depois do anúncio da saída do diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.

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