MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Folião de 71 anos anima jovens em dia de fanfarras que abre folia na BA


Ao som de antigas marchinhas, carnaval de Salvador é aberto.
Público estimado é de 35 mil pessoas, entre baianos e turistas.

Egi Santana e Ruan Melo Do G1 BA

Seu Oswaldo chamou a atenção na abertura do carnaval de Salvador (Foto: Egi Santana/G1)Seu Oswaldo chamou a atenção na abertura do carnaval de Salvador (Foto: Egi Santana/G1)
Seu Oswaldo Barbosa, 71 anos, saiu da cidade de Ruy Barbosa, na Bahia, junto com um amigo para curtir o carnaval de Salvador. A maratona deles começou nesta quarta-feira (6), no bairro da Barra, onde a véspera do início oficial da festa já tinha a cara e o clima de carnaval. "É muita alegria", disse o folião idoso esbanjando vitalidade e bom humor.
A programação do desfile de 31 fanfarras acontece dentro do Circuito Sérgio Bezerra, que este ano foi oficializado pela gestão municipal.
Jovem dança ao som das fanfarras (Foto: Egi Santana/G1)Jovem dança ao som das fanfarras (Foto: Egi Santana/G1)
O primeiro bloco de fanfarra a desfilar na noite de quarta, com um atraso que passou de uma hora, foi o "Gravata Doida". O engenheiro civil Márvio Santos, um dos fundadores, contou duas versões para a escolha do nome inusitado.
"Gravata doida é essa coisa de sair e esquecer os problemas. Essa é a história politicamente correta: sair do emprego, abrir a gravata, esquecer os problemas. Mas na verdade, gravata é um beijo roubado. É aquele lance de pegar a menina e beijar, engravatar com respeito", conta. A fanfarra existe há 14 anos e hoje tem mil integrantes. Uma fantasia masculina custaR$ 80 e as mulheres pagam R$ 60.
fanfarra (Foto: Egi Santana/G1)Concentração do Bloco Gravata Doida, em Salvador (Foto: Egi Santana/G1)
Já Gabriel Soares, que também é folião do "Gravata", como seus integrantes costumam chamar,  diz que apesar da festa acontecer em clima de antigas fanfarras, há muita gente jovem entre os associados. "Aqui tem muito adolescente, gente jovem", ressalta.
Bloco Copncentra + Não Sai (Foto: Egi Santana/G1)Bloco Copncentra + Não Sai (Foto: Egi Santana/G1)
Na sequência do Circuito Sérgio Bezerra, saiu o bloco "Concentra + Não Sai". Os organizadores trouxeram como convidados 400 turistas israelitas. O bloco desfila desde 2006, segundo Geraldo Rabelo, diretor de marketing e um dos fundadores. Hoje, o bloco tem duas mil pessoas no desfile. "Tudo surgiu quando, em uma brincadeira, um pai de um dos amigos disse: concentra no Farol [da Barra], mas não sai", lembra. "É um resgate dessa coisa do carnaval do povo. Para as pessoas poderam brincar o pai, o filho, com todo mundo", opina.
O presidente do "Concentra + Não Sai", Virgílio Leiro, disse que essa foi a primeira fanfarra a ficar parada no farol e a primeira a passar pela Avenida Oceânica.
fanfarra (Foto: Egi Santana/G1)Estudantes de Medicina curtem a festa no Farol da Barra, em Salvador (Foto: Egi Santana/G1)
A festa de fanfarras tem ainda a participação do mini bloco "Liga Acadêmica dos Machos Bonzinhos Interessados em Distribuir Amor", formado por um grupo de amigos estudantes de medicina, que se reúnem todos os anos. Eles vestem saia e dizem que o diferencial é o serviço "open picolé", onde oferecem picolé e bebidas aos colegas que aparecem durante a festa.
Estudantes fizeram parte do bloco  (Foto: Egi Santana/G1)Estudantes fizeram parte do bloco (Foto: Egi Santana/G1)
Quem passou pelo mini bloco foram as estudantes Laís Sales, Jana Novaes, Maria Cicilia, Mariana Andrade e Natalia Crunsoe, que saem todos os anos fantasiadas no desfile das fanfarras. Segundo Laís, a roupa sempre faz sucesso entre os homens. "Eles ficam pedindo pra a gente salvar, prender. A depender da criatura, a gente até salva", brinca a jovem.
Filhota (Foto: Egi Santana/G1)Filhota (Foto: Egi Santana/G1)
Nos desfiles de quarta teve até quem deixasse a esposa grávida no hospital para curtir os festejos. Carregando um cartaz com a frase "Seja bem-vinda filhota", o sargento da Marinha,  Anderson Charles, fez uma pequena homenagem à filha enquanto desfilava no bloco "Passadiço Pra Melhor". Ele conta que após os festejos vai direto pro hospital acompanhar o nascimento da criança, o que deve acontecer nesta quinta-feira (7).
Em relação ao bloco "Passadiço Pra Melhor", o folião Claudio Fraga conta que o grupo é formado por enfermeiros, médicos e pacientes do Hospital da Marinha. De acordo com ele, o desfile já conta com mais de 350 pessoas. "É uma forma de integrar médicos e pacientes. Esse bloco é especial, é feito com muito carinho", afirma Fraga, que também é diretor do hospital.
Criança veio acompanhada dos pais (Foto: Egi Santana/G1)Criança veio acompanhada dos pais (Foto: Egi Santana/G1)
A moradora do Engenho Velho de Brotas, Sandra Veiga foi com a filha de três anos, Fernanda Carvalho, e com o marido Carlos Daniel, para a avenida acompanhar a saída dos blocos. Segundo a mãe, este é o segundo ano que a pequena Fernanda curte as fanfarras. "Ela gosta, fica dançando. A gente sai aqui e também nos trios, mas nas fanfarras é melhor", diz.
Jegue enfeitado [é feito d emateriais recicláveis (Foto: Egi Santana/G1)Jegue enfeitado é feito com materiais recicláveis (Foto: Egi Santana/G1)
O bloco "Jegue Enfeitado" fez a alegria dos foliões ao desfilar com a réplica do animal feita de materiais recicláveis. O fundador da fanfarra, o professor Fábio Silvestre, explicou que a ideia é se divertir, mas também fomentar uma discussão sobre sustentabilidade.
fanfarra (Foto: Egi Santana/G1)Suzan e Moshay com Farol da Barra ao fundo
em Salvador (Foto: Egi Santana/G1)
Turistas americanos
O casal de norte-americanos Suzan Viana e Moshay Tanv curtiu o primeiro dia de festa na capital baiana.
"Aqui tem um carnaval que é das pessoas, que as pessoas aproveitam. É diferente de outras cidades onde só uma parte da população pode aproveitar", avalia Moshay, que visita a Bahia pela primeira vez com o marido. Daqui a três dias, eles seguirão para Recife, Nova Iguaçu e Rio de Janeiro.
Tradição
A história completa 35 carnavais em 2013. Começou quando Sérgio Bezerra, que hoje dá nome ao circuito, criou o bloco Habeas Copos, que reuniu amigos para fazer a festa antecipada na avenida. A folia cresceu, e este ano o circuito foi oficializado, dando início ao carnaval 2013 da capital baiana.
Foliãs dançam ao som das marchinhas (Foto: Egi Santana/G1)Foliãs dançam ao som das marchinhas (Foto: Egi Santana/G1)
Na quarta-feira (6), o Habeas Copos puxou seu bloco por volta das 23h. O administrador Cassiandro Filho acompanhou o desfille pela vigésima vez acompanhado da irmã Cassinelda Santos, e do cunhado Maurício Sinhorelli. "Todas as quartas de carnaval estamos aqui. Não tem coisa melhor", revelou Cassiano.
Foliões dançaram ao som das marchinas dos antigos carnavais (Foto: Egi Santana/G1)Foliões dançaram ao som das marchinas dos antigos carnavais (Foto: Egi Santana/G1)
Foliã brinca ao som das marchinhas de carnaval (Foto: Egi Santana/G1)Foliã brinca ao som das marchinhas de carnaval (Foto: Egi Santana/G1)
Foliã se enfeita para aproveitas as fanfarras  (Foto: Egi Santana/G1)Foliã se enfeitou para aproveitar as fanfarras (Foto: Egi Santana/G1)
Jovem brinca com amigo no carnaval de Salvador (Foto: Egi Santana/G1)Jovem brinca com amigo no carnaval de Salvador (Foto: Egi Santana/G1)
Percussionistas animaram o público nesta noite (Foto: Egi Santana/G1)Percussionistas animaram o público por toda a madrugada (Foto: Egi Santana/G1)
Jovem faz brincadeiras no carnaval (Foto: Egi Santana/G1)Jovem faz brincadeiras no carnaval (Foto: Egi Santana/G1)

Nenhum comentário:

Postar um comentário