BRUNA TIUSSU - O Estado de S.Paulo
Ele foi concebido com toda pompa que a fortuna de Jerome
Wheeler foi capaz de financiar. Na época em que a mineração deu a Aspen
o status de minimetrópole do Colorado, o investidor nova-iorquino não
poupou seus dólares para erguer ali algo a altura dos cinco-estrelas
europeus. E o edifício de tijolos avermelhados - hoje o segundo mais
antigo da cidade - foi inaugurado em 1889 enaltecendo, claro, o nome do
seu idealizador: Hotel Jerome (hoteljerome.com).
Bruna Tiussu/Estadão
Decoração do Jerome, em vidro e madeira
Quartos. Sob o comando da rede Auberge Resorts desde 2011, as 93 suítes passaram por reformas no ano passado e agora exibem retoques nas instalações e mobílias. Peças antigas de madeira escura convivem com mesinhas de vidro modernas. Em cima da cama do meu quarto, o quadro de um índio ficava ao lado de outro com formas geométricas. Viajantes mais certinhos podem estranhar a miscelânea. Eu interpretei como uma escolha divertida, meio kitsch.
Nos quesitos espaço, conforto e limpeza, cumpre todas as expectativas de um hotel cuja diária na temporada custa US$ 800. Minhas sugestões se resumem a ter um espelho maior no quarto e luz potente no banheiro.
Bar e lounge. Socialites e caubóis do passado fizeram a fama do J-Bar, tão icônico quanto o hotel em si - vá com uma certa produção. Para algo mais descontraído, que se enquadra melhor no termo après-ski, tente uma mesinha (ou sofá) no living room. O entra e sai constante de hóspedes e visitantes prova que o bar dali capricha nos coquetéis.
Spa. Como um bom hotel de destino de esqui, o cardápio de serviços do spa do Jerome é quase tão amplo quanto o de dinner in room. Há desde massagem somente nos pés, passando por tratamento de casais e terminando em sessões de ioga. Atenção: chegue com pelo menos meia hora de antecedência para aproveitar todos os mimos da sala de relaxamento antes de ser atendido.
Como opção incluída na diária, as jacuzzis esperam (quase) fervendo em pleno frio invernal os hóspedes que aos poucos vão chegando depois do dia de esqui. Simplesmente obrigatório.
Serviço. É muita simpatia, dos recepcionistas aos camareiros. Se disser que é brasileiro então... Caso precise de uma carona até a pista de esqui ou outro ponto da cidade, o serviço de leva e traz é cortesia da casa. E não estranhe se, cada vez que chegar ao quarto, perceber que suas peças estão nos cabides ou dobradas na mala e há docinhos na cabeceira. As visitas das camareiras são constantes. Se isso incomodar, pendure logo o no disturb na porta.
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