MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Deputado diz que bolivianos tratam brasileiros como 'inimigos'


Acreanos são hostilizados na Bolívia, segundo o deputado.
Comitiva de deputados do Acre levou recomendações ao Itamaraty.

Rayssa Natani G1 AC

Assembléia Legislativa do Acre se pronuncia sobre presídio na Bolívia (Foto: Rutembergue Crispim / Asscom Aleac)Deputados Moisés Diniz e Elson Santiago
  (Foto: J.Simão /Cedida)
O presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Elson Santiago (Pen), disse em entrevista coletiva nesta sexta-feira (22) que os acreanos são hostilizados na Bolívia por serem vistos como inimigos. Uma comitiva de deputados liderada por Santiago se reuniu em Brasília na última quarta-feira (20) com representantes da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e do Ministério das Relações Exteriores para discutir o assunto.
As três pautas principais da reunião foram os problemas do presídio de Vila Busch, em Cobija, onde o acreano Arlexsandro Bezerra Montenegro (38) foi morto no dia  11 de fevereiro  durante uma rebelião; o crescimento do narcotráfico na região de fronteira; e reclames de estudantes e agricultores acreanos que se sentem discriminados na Bolívia.
“Nós procuramos ajuda da diplomacia para solucionar este problema que nos incomoda muito, mas se não der certo vamos resolver do nosso jeito. Eles precisam mais do Acre do que nós deles”, afirmou Santiago.
Recomendações ao Itamaraty
Dos 16,5 mil brasileiros que estudam no país, 6 mil são do Acre, de acordo com o deputado Moisés Diniz (PC do B), vice-presidente da mesa diretora. A criação de um consulado brasileiro itinerante para atender esses estudantes, que ocupam as universidades de Cobija, Santa Cruz de La Sierra e Cochabamba, foi uma das recomendações diplomáticas apresentadas pela Aleac ao Itamaraty.
Além da estruturação da Defensoria Pública da União no Acre para atender os brasileiros presos no Departamento de Pando, o documento também defende a compra de um helicóptero para a Polícia Federal do Acre e a criação de um Grupo de Trabalho, vinculado à Presidência da República, com o objetivo de elaborar e implantar políticas públicas de inclusão de jovens pobres dos dois países, dominados pelo tráfico de drogas.
O deputado Moisés Diniz acredita que é preciso apelar também para a dependência econômica. “Precisamos fazer uma auditoria nos empréstimos e investimentos do Brasil na Bolívia para que eles entendam que nosso país é o seu maior parceiro comercial e passem a nos tratar com mais respeito”, diz Moisés.
Duas audiências públicas para debater o tema foram agendadas com o embaixador Ruy Nogueira, secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores. Elas devem  acontecer em Rio Branco, Brasileia ou Epitaciolância e outra em La Paz. A data ainda não está definida.

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