MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Centenas dançam em São Paulo pelo fim da violência contra a mulher

Campanha 'Um bilhão que se ergue' foi organizada pelas redes sociais.
Iniciativa é parte de movimento global de protestos por igualdade de gênero.

Aline Lamas Do G1, em São Paulo

Protesto "Um bilhão que se ergue" faz enorme roda no vão do Masp (Foto: Aline Lamas/G1)Protesto "Um bilhão que se ergue" faz enorme roda no vão do Masp (Foto: Aline Lamas/G1)
Centenas de pessoas dançaram e cantaram na tarde deste sábado (16) no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, durante a edição paulistana do protesto mundial contra a violência doméstica, chamado de “Um bilhão que se ergue” (One billion rising).

A 1ª edição da campanha na capital pediu pelo fim das agressões contra mulheres e crianças e pela igualdade de gênero. O nome do movimento faz referência ao número de 1 bilhão de mulheres que são maltratadas ou violentadas ao longo da vida, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Ao som de tambores, pandeiros e berimbaus, os participantes fizeram uma grande roda que tomou quase todo o vão do museu e cantaram a canção "Maria Maria" de Milton Nascimento.

“Foi tudo organizado pelo Facebook. O formato da campanha inclui a dança para demonstrar que a mulher tem liberdade para se expressar, sem ser julgada”, conta uma das organizadoras Lenice Ferreira de Alencar, 22 anos. De acordo com ela, as duas páginas dedicadas ao evento na rede social somavam 1,8 mil presenças confirmadas.
Tradicionalmente, o evento acontece no dia 14 de fevereiro, quando se comemora o Dia de São Valentim – considerado o dia dos namorados em muitos países. No entanto, em São Paulo, os organizadores adiaram a manifestação para este sábado. “Durante a semana todos trabalham e tem muitos compromissos, então mudamos para o fim de semana”, explica Lenice.
Angélica Kalil, 40, e Tarsila, 5, participam de protesto (Foto: Aline Lamas/G1)Angélica Kalil, 40, e Tarsila, 5, participam de
protesto (Foto: Aline Lamas/G1)
“Escolhemos fazer um protesto com a arte para mostrar que a mulher tem o seu valor. É o corpo da mulher que sofre violência o tempo todo e é com o corpo que a gente se movimenta, que a gente dança. Ele tem que ser valorizado e não violentado”, afirmou a bailarina Jamila Hanan, que foi ao evento com roupas típicas utilizadas em danças indianas e ciganas.
A jornalista Angélica Kalil, 40, levou sua filha Tarsila, de cinco anos, para a manifestação. “Acho importante ela participar e ter essa lembrança. Acho que muitos casos de violência acontecem por falta de informação, então é importante que no futuro ela tenha consciência disso”, disse a mãe.

“A violência doméstica muitas vezes está ligada à falta de independência financeira. Por isso é importante que as elas busquem essa liberdade”, acredita a consultora Lênia Luz, que mantém um blog com histórias de mulheres empreendedoras.
Na quinta-feira (14), a campanha levou às ruas milhares de mulheres e homens em diversas partes do mundo, nos continentes asiático, europeu e americano. A campanha foi criada pela ativista Eve Ensler, autora da famosa peça “Monólogos da Vagina” (The Vagina Monologues).
Na quinta-feira (14), a campanha levou às ruas milhares de mulheres e homens em diversas partes do mundo, nos continentes asiático, europeu e americano.  (Foto: Aline Lamas/G1)Mulheres cantaram e dançaram neste sábado (16) para pedir fim da violência (Foto: Aline Lamas/G1)

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