Empresa administrava aeroportos de La Paz, Santa Cruz e Cochabamba.
Segundo governo, companhia não realizou os investimentos prometidos.
último dia 14. (Foto: Reuters)
"Quero comunicar ao povo boliviano a nacionalização do pacote acionário da Sabsa (Servicios de Aeropuertos Bolivianos Sociedad Anónima)", subsidiária da Abertis, disse o presidente boliviano Evo Morales, em um ato na cidade de Cochabamba, transmitido ao vivo pela televisão estatal.
O grupo espanhol Abertis-Airports assumiu em 2005 a empresa Sabsa, que recebeu a administração dos três aeroportos bolivianos em 1997, durante uma série de privatizações de empresas estatais.
Segundo o governo, uma empresa independente avaliará o valor a ser pago à companhia em um prazo de 120 dias.
Em resposta, o governo espanhol alertou que irá "redefinir o conjunto das relações bilaterais" com La Paz. "O Governo espanhol considera esta expropriação como um ato não-amistoso que se soma a medidas similares empreendidas nos meses recentes contra outras empresas espanholas na Bolívia", afirmou um comunicado do ministério de Relações Exteriores.
Outras nacionalizações
Morales tomou em sua gestão outras medidas contra interesses espanhóis.
No final de dezembro, a Bolívia decretou a nacionalização das empresas distribuidoras de eletricidade das cidades de La Paz e Oruro, geridas pela companhia espanhola Iberdrola. Na ocasião, o governo argumentou que medida foi tomada para garantir tarifas e qualidade.
Também em 2012 o presidente boliviano expropriou a Transportadora de Eletricidade (TDE), empresa na qual Red Eléctrica de Espanha (REE) possui quase 100% das ações.
Em dezembro de 2010, o governo aprovou uma nova Lei de Aposentadorias e criou a nova Gestora de Segurança Social de Longo Prazo, que substitui as administradoras de pensões Previsión (do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria-BBVA, da Espanha) e Futuro (Grupo Zurich, da Suíça).
Morales também nacionalizou em maio de 2006 as reservas de hidrocarbonetos da petroleira Repsol, junto a outras empresas como a brasileira Petrobras, a argentina Panamerican, a francesa Total e a britânica British Petroleum, as quais obrigou a firmar novos contratos de serviços.
O presidente também expropriou empresas de telecomunicações, refinarias de gasolina e fundições de minerais.
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