Segundo coordenador, objetivo é apresentar ‘estilo de vida mais saudável’.
Evangelização pode 'invadir espaço' de quem está no local, diz turista.
Jovem conversa com folião durante passagem do bloco religioso pela cidade. (Foto: Renato Ferezim/G1)
Os foliões acostumados a ouvirem as marchinhas de São Luiz do Paraitinga
(SP), na tarde deste domingo (10) acompanharam a passagem de um bloco
de jovens evangélicos pela cidade. O projeto ‘Reação’ da Primeira Igreja
Batista (PIB) de São José dos Campos reuniu cerca de 500 pessoas.Cantando músicas religiosas e até um samba-enredo, eles passaram pelas principais ruas do centro histórico da cidade abordando foliões, entregando panfletos e tentando uma conversa para apresentar aos jovens que estão na folia, ‘um estilo de vida mais saudável’. “A gente não veio pregar, mas mostrar Jesus. mostrar que é possível ter prazer sem culpa”, contou Yan David de Jesus Lima, líder dos jovens.
Essa é a sétima edição do evento, que conta com a participação de pessoas de 18 a 35 anos. “No carnaval, alguns jovens se drogam e bebem para procurar preencher o vazio que existe dentro deles, sem perceber que Jesus é que é a alegria”, disse o coordenador do Reação, Flávio Chaves.
O técnico de linha de montagem, Alan Santos, de 32 anos, passou a frequentar a igreja depois de uma abordagem em São Luiz do Paraitinga. Ele integra a PIB há cinco anos e voltou à cidade para conversar com outros jovens, afim de evitar que casos como o dele aconteçam. “Já bebi, usei drogas durante 13 anos e alguém me abordou para mostrar a proposta do Reação e eu percebi que não preciso de nada disso para ser feliz”.
Bloco 'Reação' passa pelas ruas de São Luiz do
Paraitinga. (Foto: Renato Ferezim / G1)
Invasão do espaçoParaitinga. (Foto: Renato Ferezim / G1)
A auxiliar de vendas de Taubaté, Juliana Simões, de 21 anos, aprova a ação do grupo, mas alerta que tudo deve ser feito com muita tranquilidade. "É um trabalho bem legal e quando eles abordam com a intenção de fazer apenas uma oração por você é bacana. O problema é querer evangelizar, aí acho que não rola, invade um pouco o espaço de quem está aqui", disse.
Já a policial militar Regina Célia de Oliveira acredita que ações como essa auxiliar no trabalho de prevenção feito na cidade durante os dias de folia. “O pessoal que está bebendo, a maioria, para e presta a atenção na mensagem que esses jovens trazem. É um espaço importante que vem sendo conquistado pela igreja a cada ano", contou.
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