MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Armandinho vai estrear guitarra baiana dourada no carnaval


Instrumento recebeu pó de ouro e purpurina dourada na finalização.
Cantor puxa trio no circuito Osmar neste sábado de folia em Salvador.

Ida Sandes Do G1 BA

Guitarra baiana (Foto: Elifas Santana/ Arquivo Pessoal)Guitarra baiana recebeu pós de ouro(Foto: Elifas Santana/ Arquivo Pessoal)
Armandinho Macedo vai desfilar no Campo Grande neste sábado (9) de carnaval com uma guitarra baiana dourada. O instrumento foi produzido especialmente para a folia deste ano, em homenagem às comemorações de 70 anos da guitarra baiana, tema do carnaval de Salvador. Aroldo Macedo, irmão e parceiro do musical de Armadinho, vai desfilar com uma guitarra prateada.

guitarra prateada (Foto: Ida Sandes / G1)Guitarra prateada vai ser utilizada por Aroldo Macedo
(Foto: Ida Sandes / G1)
"Elas são as grandes aniversariantes da festa", conta o luthier Elifas Santana, responsável pela fabricação dos instrumentos a pedido dos músicos. De acordo com o luthier, os instrumentos levaram 25 dias para ficar prontos. O processo foi marcado entre montagem das peças, pintura e laqueamento. Ao G1, Santana controu que para a finalização, foi utilizado pó de ouro e purpurina dourada até chegar até a cor final.
Luthier de guitarra baiana há 17 anos, o sergipano Elifas Santana afirma que a habilidade com desenho, pintura e matemática ajudaram na escolha do ofício de fabricar instrumentos musicais. “A primeira guitarra baiana que construí foi em 1990, mas não conhecia muito bem o mecanismo desse instrumento e essa minha primeira 'guitarrinha' não funcionou a contento”, diz. “Em 1996, a pedido de Armandinho, construí minha segunda guitarrinha. Já conhecia bastante do assunto, procurei referências nas guitarras tradicionais, aumentei o volume de madeiras e utilizei captadores potentes”, descreve o luthier.
Betinho, Armandinho e Aroldo, na década de 1970. (Foto: Família Macedo / Arquivo Pessoal)Betinho, Armandinho e Aroldo, na década de 1970. (Foto: Família Macedo / Arquivo Pessoal)
Armandinho usará uma roupa dourada para combinar com a nova guitarra. A saída do trio Armandinho, Dodô e Osmar está marcada para às 18h no circuito Osmar, no Campo Grande.

Futuro da guitarra baiana
É possível arriscar, nos dias de hoje, alguns palpites para os rumos do instrumento.

“Vamos tocar mais e falar mais para que isso seja realmente colocado para essa geração, sem esse sentido de resgate. Acho que a partir do momento que a gente parar de ficar colocando 'ah, temos que prestar atenção nela', e isso se tornar uma coisa normal, vai ser mais uma possibilidade como outras”, avalia Roberto Macedo, um dos guitarristas da "nova geração" do instrumento.
O guitarrista Morotó Slim defende a ideia de que é importante valorizar a questão cultural do instrumento por ele ter sido criado na Bahia. "Pode ser ainda muito mais difundida, acho que poderia estar em todo trio elétrico. O futuro dela depende muito da gente, depende dos meus alunos também, depende de quem vai enxergar, quem vai ver os shows dessa nova geração e da velha geração também”, diz Morotó. “Na verdade, não é nada novo, é tudo velho, já está tudo aí. Acho que é mais reposicionar, trazer outras referências”, completa Roberto Barreto.
Ao olhar para trás e refletir sobre o legado que deixou, Armandinho diz que tudo foi consequência da sua busca sonora. “Quando você faz essas coisas, no caso quando eu fiz, você não toma pé de que você está aperfeiçoando, que você está modernizando. Hoje, a gente vê os meninos em Salvador tocando, cada um dando o seu estilo, o seu formato, a gente vai vendo a importância de todo esse trabalho que a gente fez”.

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