MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Problemas nos Postos de Saúde afeta região Metropolitana de Aracaju


Em Nossa Senhora do Socorro faltam médicos e medicamentos.
Já em na Zona Norte de Aracaju não há acesso a pessoas cadeirantes.

Do G1 SE

Insatisfação pela falta do atendimento médico e de remédios, rampa de acesso a cadeirantes com o portão fechado e escassez de fichas para o cadastro médico, esse retrato do cenário encontrado nos postos de saúde pública de Aracaju e Região Metropolitana
Faltam médicos e medicamentos
Os moradores de duas localidades do bairro Marcos Freire 1, na cidade de Nossa Senhora do Socorro (SE), já estão cansados de irem à Unidade de Saúde Albert Sabin e não serem atendidos. Sobram reclamações pela falta de médicos e medicamentos. Um dos exemplos da situação que caracteriza a unidade de saúde vem do auxiliar de portaria Benício Santos que há quatro meses não recebe o resultado do exame de sangue.
“Quando eu chego à portaria, a informação é que os resultados ainda estão em análise. Hoje mesmo saí 5h da madrugada, mas perdi viagem mais uma vez. O percurso entre a minha casa e posto eu já faço até de olhos fechados”, diz o usuário.
Para a gestante Nélia Maria dos Santos a situação também não está fácil. Mesmo com quatro meses de gestação, ela ainda perde viagem e sofre com a falta de medicamentos. “Fui diagnosticada com anemia e se eu não tomar o sulfato ferroso posso ter complicações e também afetar o meu bebe”, desabafa.
Outro material que também falta na unidade de saúde, segundo os usuários, são os papeis especiais para a realização do colpocitopatologia (exame de lâmina). “Quase todas as pessoas dizem que faltam materiais para gente fazer os exames. O papel para fazer o teste de lâmina falta há muito tempo”, conta dona de casa Silvânia Lima.
Em nota a Secretaria Municipal de Comunicação de Nossa Senhora do Socorro escreve que na Unidade de Saúde existem seis equipes completas de saúde, com a ausência de apenas um médico que está afastado por problemas de saúde. Quanto à falta de medicamentos, a secretaria informou a demora se deve pelo atraso na entrega por parte das empresas farmacêuticas.
O gerente da unidade Antônio Filho afirma que se acontecer qualquer problema com os usuários, as portas da administração pública estão abertas para resolver os problemas.
Portão fechado para cadeirantes
Na zona Norte de Aracaju, a Unidade de Saúde de Família, localizada no bairro Japãozinho apresenta sérios problemas de acessibilidade, a exemplo do portão que dá acesso a rampa dos cadeirantes estar fechada. “Falta acessibilidade nesta Unidade de Saúde. O nosso direito até que está garantido na Constituição Federal, mas aqui em Aracaju ele não é levado a efeito”, diz o aposentado Márcio Augusto dos Anjos.
Outro problema enfrentado por 360 famílias que moram em um condomínio próximo da Unidade de Saúde é a falta de prontuários. “Nossa unidade tem médicos, enfermeiros e remédios, mas nós não usufruímos desse bem público. A gerente informou que a Unidade não tem prontuário para cadastrar as famílias. Isso já se estende por sete meses, ou seja, são sete meses sem atendimento público”, diz o conselheiro de execução penal Ezequias Costa Silva.
A gestante Graciele Lima dos Santos aguarda há sete meses a visita de um agente de saúde e por isso até o acompanhamento do teste de Papanicolau está atrasado. “Eu sinto fortes dores no pé da barriga e tenho medo de ser algo mais grave. Eu dependo muito do serviço público, mas não estou conseguindo.”
A representante da farmácia do posto de saúde informou que os remédios estão sempre à disposição da população. “Sobre a rampa de acesso, estamos com um problema porque a área estava sendo invadida por vândalos e por isso precisamos trancar o local.”, diz a funcionária Maria Erundina Santos.
Em nota a Secretaria Municipal da Saúde informou que todas as unidades estão autorizadas a atender a população mesmo sem prontuários e que se for negado o atendimento, o usuário pode ligar para o número 2106-9778 e denunciar.

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