MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 6 de janeiro de 2013

Passeata lembra estudante morto a facadas no Guarujá por causa de R$ 7


Manifestantes usaram camisetas com fotos do jovem durante a caminhada.
Delegado afirmou que ouvirá parentes e amigos da vítima em Campinas.

Fernando Pacífico e Anaísa Catucci Do G1 Campinas e Região

Protesto reuniu amigos e parentes do universitário no Taquaral em Campinas (Foto: Fernando Pacífico/ G1 Campinas)Protesto reuniu amigos e parentes do universitário
no Taquaral (Foto: Fernando Pacífico/ G1)
Parentes e amigos do universitário Mário dos Santos Sampaio, de 22 anos, morto a facadas no Guarujá, litoral de São Paulo, após discussão por uma diferença de R$ 7 na conta de um restaurante, fizeram uma passeata que pediu paz e justiça na tarde deste domingo (6) na Praça Arautos da Paz, no Taquaral, em Campinas (SP).

A caminhada teve início ao som da música "Marcas do que se foi", do grupo Os Incríveis, às 15h45, e percorreu a Avenida Heitor Penteado, próxima à lagoa do bairro. Os pais estavam emocionados e seguiram ao lado de primos do estudante à frente da manifestação. Segundo a Polícia Militar, cerca de 800 pessoas participaram da ação, que foi mobilizada por redes sociais e outdoors espalhados em dez pontos da cidade. Agentes da Empresa Municipal de Desenvolvimento (Emdec) acompanham o trajeto para orientar os motoristas.
Os participantes usaram fotos do jovem estampadas em camisetas brancas com a frase "Que o sorriso tirado de nosso amigo não seja perdido em vão e que esse grito de paz seja repetido por todos". Além disso, fizeram cartazes com as mensagens "Assassinos confessos caminham pelas ruas, enquanto o nosso Mario caminha para o céu" e "Justiça Marinho", como o jovem era chamado pelos amigos. Os manifestantes denominaram a ação de "Um grito pela paz".
Mesmo com a chuva que atingiu a região, por volta das 16h30, a marcha não parou e será encerrada com a realização de uma missa no anfiteatro da praça.
A morte ocorreu em 31 de dezembro e os suspeitos de assassinar o universitário confessaram o crime após dois dias. O dono do estabelecimento comercial alegou legítima defesa e que tentava proteger o filho, gerente da churrascaria.
Camistas foram distribuídas pedindo justiça para o caso de Mario durante o protesto no Taquaral, em Campinas (Foto: Fernando Pacífico/ G1)Camisetas foram distribuídas pedindo justiça para o caso de Mario (Foto: Fernando Pacífico/ G1 Campinas)
Busca por imagens
Um dos pontos questionados durante o protesto foi sobre a divergência das versões sobre as imagens feitas pelas câmeras de segurança instaladas no restaurante. Segundo o publicitário e também testemunha do crime Rauany Nunes Farias, o impasse serve para atrapalhar as investigações. "Isso foi feito para dificultar a solução do crime", critica.
Um dos filhos do proprietário do restaurante informou à polícia, que o sistema de monitoramento  foi levado após o crime. Ele não estava no local quando ocorreu o assassinato. O dono da empresa que fez a instalação dos equipamentos, José Jorge da Rocha Filho, disse que o último reparo dos equipamentos foi feito há seis meses. Ele acredita que as máquinas estavam gravando.
Rauany Nunes Farias estava com Mario durante a discussão no restarante de Guarujá (Foto: Fernando Pacífico/ G1 Campinas)Rauany estava com Mario durante a discussão no
restarante de Guarujá (Foto: Fernando Pacífico/ G1)
Dois funcionários do restaurante já prestaram depoimentos no Guarujá. A previsão é de que outras sete testemunhas sejam ouvidas no litoral, antes dos familiares do universitário.
Investigações
Com o objetivo de agilizar as investigações sobre o caso, a Polícia Civil ouvirá os depoimentos de parentes e amigos da vítima em Campinas. "Estarei na cidade até sexta-feira (11)", resumiu o delegado Luiz Carlos Lara. Ele preferiu não apontar quais os nomes das testemunhas e as datas dos depoimentos.
Véspera de réveillon
O crime aconteceu na noite de 31 de dezembro. O grupo de estudantes de Campinas escolheu o restaurante Churrascaria e Pizzaria Casa Grande para jantar. Na hora de pagar a conta, uma diferença de R$ 7 provocou a discussão entre os jovens e os comerciantes. De acordo com a polícia, ao ver a briga, o dono do restaurante foi até a cozinha pegar uma faca e golpeou o turista com três facadas nas costas.
Família instalou outdoors em dez pontos de Campinas (Foto: Fernando Pacífico/ G1 Campinas)Família instalou outdoors em dez pontos; acima foi colocado próximo da Unip (Foto: Fernando Pacífico/ G1)

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