Patrícia França A TARDE
A ideia da nova administração é criar as condições para que Salvador - que herdou R$ 350 milhões de restos a pagar da gestão passada e teve que contingenciar R$ 160 milhões de recursos do Tesouro - tenha uma maior autonomia do ponto de vista financeiro e tributário.
Neto não confirmou se o conjunto de medidas irá implicar aumento do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) ou do ISS (Imposto Sobre Serviço). Indicando com gestos que não revelaria, disse: "É boca de siri".
ACM Neto fez questão de frisar que o momento, agora, é de "organizar a cidade, arrumar a Casa do ponto de vista administrativo e financeiro, para que Salvador "possa caminhar com as suas próprias pernas".
Metas - O secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, que fez sua estreia no cortejo do Bonfim, também não quis dar detalhes das medidas que estão sendo estudadas. Costa disse, apenas, que o projeto de lei fará mudanças nas legislações tributária e não-tributária.
"A meta é ampliar a arrecadação, melhorando a eficiência fiscal, e reduzir a evasão de recursos", explicou o secretário, que desempenhou, com sucesso, a tarefa de ampliar a arrecadação tributária de São Paulo e garantir os recursos para dar continuidade aos investimentos nos governos de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM).
A arrecadação própria de Salvador prevista para 2013 está estimada em R$ 1,3 bilhão (IPTU, ISS e Itiv), sendo que o ISS participa com mais de R$ 600 milhões e o IPTU com quase R$ 300 milhões.
Com o pacote tributário, o secretário da Fazenda, que considera "extremamente grave e difícil" a situação financeira de Salvador, espera fazer frente ao orçamento "irreal" de R$ 4,1 bilhões estimado para este ano.
Segundo Costa, há um descompasso entre o previsto, a real capacidade de arrecadação e a necessidade de gastos da prefeitura em 2013.
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