Funcionários da embaixada portuguesa recebiam equivalente em dólar.
Pelos cálculos do advogado, cada um tem direito a cerca de R$ 500 mil.
Avião da TAP em Salvador (Foto: Reprodução - TVBA)
A decisão, de 19 de dezembro, véspera do recesso da Justiça brasileira,
determina "o arresto e a penhora da aeronave Airbus 330-200 de
propriedade da companhia aérea TAP, cuja totalidade do poder acionário
detém o governo português". O mandado de penhora deve ser expedido na
próxima semana.O processo que levou a decisão de penhora é de 2010, mas se refere a reduções nos pagamentos desde 2004, quando os cerca de 20 funcionários da Embaixada tiveram a situação regularizada. Pelos cálculos de Rezende, cada funcionário deve ter direito ao ressarcimento de cerca de R$ 500 mil, juntando as reduções de salário e o recolhimento menor que o devido ao INSS e ao FGTS. “Um dia da aeronave parada já paga a dívida, mas se não quiserem que esse bem seja penhorado, que indiquem outro”, diz.
Segundo Rezende, o governo de Portugalx fez um acordo com os trabalhadores da embaixada, em 2004, e passou a assinar a carteira de todos os funcionários – maior parte irregular. O pagamento, no entanto, passou a ser feito pelo equivalente em dólar o que fez com que os salários fossem diminuindo à medida que o real se valorizou diante do dólar. “A CLT tem o princípio de redutibilidade salarial e é vedado o pagamento em moeda estrangeira”, diz Rezende.
O avião da TAP foi escolhido por ser o bem do governo português mais próximo que temos aqui e pela impossibilidade de penhora de bens de missões diplomática, explica.
A ação que define a penhora diz respeito apenas aos funcionários da Embaixada, mas Rezende diz que os dos consulados nas capitais também devem entrar na justiça pedindo ressarcimento.
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