Famílias trocam a lavoura pela confecção de peças em couro, em RO

A oportunidade garante melhor renda e acelera a produção da fábrica local.
Por cada par de luvas produzido os trabalhadores ganham R$ 0,50.

Do G1 RO

Lucimar ajuda na renda da família com o trabalho de confecção (Foto: Magda Oliveira/G1)

Cerca de 60 famílias da Zona Rural de Espigão D'Oeste (RO) trocaram a produção no campo para trabalhar na confecção de peças feitas em couro. A oportunidade garante, além da renda, o conhecimento em outra área profissional, acelerando a produção de uma fábrica na cidade. Os funcionários terceirizados, como são chamados pelo empresário Vlamir de Oliveira, recebem R$ 0,50 por cada par de luvas cortado e costurado.
Lucimar Tesch, de 36 anos, faz parte das famílias contratadas para a costura das luvas. Ela, o marido e a filha do casal trabalham com a confecção das peças há um ano e já produziram dois mil pares de  luvas por semana. “Eu acredito que a nossa produção é boa, pois trabalhamos os três. Para entregarmos o produto pronto, nós dividimos o trabalho, cada um costura uma parte que compõe a luva”, explica.

Trabalhadores embalam produto pronto para venda
(Foto: Magda Oliveira/G1)

A costureira e agricultora disse que enxergou nesta oportunidade uma nova forma de renda. A lavoura já não garantia mais a renda da família, depois que um acidente impossibilitou que Lucimar trabalhasse no campo.
“Eu fiquei muito feliz com essa oportunidade, pois como estou com o joelho machucado, não podia ajudar meu esposo na renda da casa. Além disso, morando na área rural é difícil arrumar emprego. A única opção era trabalhar na roça”, conta Lucimar.
Todo o material utilizado para a costura das peças é emprestado pela fábrica. O couro utilizado é comprado em São Paulo e diariamente são embalados 3 mil pares de luvas, que são vendidos no Mato Grosso, Acre e Rondônia, segundo Oliveira.