MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Falta de moedas para troco gera transtornos a comerciantes, em RO


Moedas de R$ 0,10 e R$ 0,25 são as mais procuradas pelos empresários.
Para não deixar o cliente em desvantagem, comércio oferece descontos.

Flávio Godoi Do G1 RO

Alice Alves afirma que falta de moeda em seu comércio é costante (Foto: Flávio Godoi/G1)Alice Alves afirma que falta de moeda em seu comércio é costante (Foto: Flávio Godoi/G1)
A falta de moedas para troco no comércio de Vilhena (RO) tem gerado problemas aos comerciantes e clientes neste início de ano. Moedas que valem R$ 0,10 e R$ 0,25 são as mais procuradas pelos empresários. Para não deixar o cliente em desvantagem, muitos estabelecimentos comercias oferecem descontos não previstos. Mas alguns recorrem à bala como forma de troco, o que segundo o Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), é ilegal.
Alice Alves é proprietária de um minimercado no município. Ela conta que o problema com a falta de moedas para troca é constante. A soluçã, muitas vezes, é contar com a ajuda de comerciantes vizinhos. “Eu não ofereço balas como forma de troca porque sei que isso não é legal e muitos clientes não gostam. Prefiro dar um desconto ou se o troco são, por exemplo, cinco centavos, e eu não tenho, dou R$ 0,10. A gente acaba ficando com certo prejuízo, mas é jeito”, explica a empresária. Alice já fez anúncio em sites solicitando troca de moedas.
Prefiro dar um desconto. A gente acaba ficando com certo prejuízo, mas é jeito"
Alice Alves, empresária
Já o empresário Josué Castro, dono de uma loja de confecções, a falta de troco é enfrentada principalmente no início de cada mês, quando as compras aumentam, devido ao recebimento dos salários. Como as compras em lojas de confecções geralmente são de valores mais altos, a falta de troco é sanada pelo uso do cartão de crédito.
“O cartão é uma boa saída, pois elimina a necessidade de dar o troco, mas mesmo assim muitos clientes não costumam usar e temos que recorrer também aos comércios menores, como padarias que sempre conseguem moedas”, disse Josué.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, oferecer balas e doces de pequeno valor é ilegal e o comerciante pode ser multado, além de ter o registro suspenso.
No cofrinho
Uma das causas apontadas para a falta de moedas em circulação é o hábito de guardá-las em casa. Foi fazendo economia que o lavador de carros Cosme Xavier juntou, em oito meses, a quantia de R$ 1,2 mil. O valor foi trocado em supermercado local e o dinheiro usado para dar de entrada na compra de um carro.
Josué afirma que deu entrada na compra de um carro juntando moedas (Foto: Flávio Godoi/G1)Cosme afirma que deu entrada na compra de um
carro juntando moedas (Foto: Flávio Godoi/G1)
“Eu sei que para o comércio não é bom, mas eu tenho hábito de guardar moedas e já estou juntando novamente para investir nas despesas de minha filha recém nascida”. De acordo com Cosme, já são mais de R$ 600 em moedas.
A dona de casa Regina Aparecida também guarda moedas em casa e as utiliza em diversas situações. Em uma delas, juntou R$ 35 em moedas e abriu um pequeno ponto de venda de espetinho comprando a carne para o negócio.
“Comprei a carne com as moedas e é um dinheiro que a gente tem quando precisa. Já cheguei a juntar até R$ 200 e tenho trocado desde então no mercado vizinho, pois sei o quanto elas [as moedas] fazem falta”, contou.
Para o gerente de uma cooperativa de crédito, Davi de Souza, fazer parte de uma cooperativa é uma das formas do comerciante garantir o estoque de moedas para troco. “Nós trocamos moedas de quem junta em casa e quando o cooperado precisa pode nos procurar para repassarmos as moedas necessárias. Essa é uma ação recorrente da cooperativa”, disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário