Flora Rodriguez e Marcos Casé
Sol forte, vegetação um pouco seca e rios mais rasos não afastam os turistas nem tiram a beleza da Chapada Diamantina nesta época do ano. Na verdade, o verão é, inclusive, período dos mais visitados da região, no centro-sul do Estado.
Segundo os guias locais, a época é ótima para aproveitar poças e piscinas que surgem em tempos mais secos e se banhar em rios e cachoeiras (onde se pode chegar mais perto) com mais segurança e conforto, além de trilhar caminhos diferentes, que ficam submersos durante a época das cheias.
Exuberante com seus cerca de 85 m de altura, a queda d´água enche um poço no fundo de um buraco gigante formado entre as paredes de um cânion (por isso o nome Buracão). A trilha até lá (3 km) é considerada fácil e na volta é possível conhecer ainda a bela cachoeira Recanto das Orquídeas e uma outra menor, chamada de Buracãozinho pelos nativos.
Passeio que toma um dia, para entrar na reserva paga-se a taxa de R$ 3 por pessoa e é obrigatória a presença de um guia (seis pessoas por guia no máximo). O preço fica em média R$ 60 por casal ou R$ 20 por pessoa com grupos maiores.
Outra boa trilha, um pouquinho mais puxada, é a que leva até à Cachoeira do Licuri. Lá também é taxada em R$ 3, mas não é exigido o guia, muito recomendando se o turista quiser ir adiante e aproveitar outros passeios, como a Cachoeira das Raízes e a das Escadas. Essas duas últimas valem pelo bom banho e pelo visual exótico, já que as águas saem por entre as pedras, por debaixo das árvores, num visual incrível.
Já a Cachoeira do Licuri é mais vistosa, tem cerca de 75 metros de altura e também forma uma piscina natural pronta para mergulhos. As trilhas podem ser feitas por gente de todas as idades, é só ter fôlego para subidas e trechos pulando pedras.
Outra cereja do bolo é a Fumacinha, com trilha mais pesada e visual espetacular nas suas quatro quedas e 290 metros de altura. Vale a esticada. Em todas, é bom levar água e comida, pois os 17 mil habitantes de Ibicoara ainda não se tocaram de explorar comercialmente o lugar, que carece de estrutura.
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